O desenvolvimento da indústria petroquímica a partir do gás natural do pré-sal no Rio de Janeiro pode atrair mais de R$ 65 bilhões em investimentos, reduzindo o déficit da balança comercial do país em produtos do setor e da indústria de fertilizantes, de acordo com estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Segundo o documento, esses investimentos podem impulsionar a reindustrialização do Rio de Janeiro, tendo aplicações em diversos setores, como o agrícola, o energético e o químico.
“O estado do Rio é responsável por 80% da produção de petróleo do Brasil e 60% do gás natural do país. Por isso, investir no gás natural e na indústria química é investir no nosso estado”, disse Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
Além disso, o estudo mostra que a indústria petroquímica desempenha um papel importante na demanda do gás natural no país, ao que Eduardo Ermakoff, engenheiro da equipe de Inteligência de Mercado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirma ser preciso repensar a cadeia de suprimentos para os próximos anos.
Para Thiago Valejo, gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, “existe um potencial de alavancar o desenvolvimento econômico fluminense a partir da petroquímica, já que contamos com hubs de gás natural existentes e potenciais no nosso estado. Temos a oportunidade de melhorar o aproveitamento do gás natural. Precisamos trabalhar para continuar avançando no ambiente de negócios e estabelecer as regras do mercado livre de gás natural, além de colocar em ação o plano estadual de fertilizantes”.
