Economia e Política

Investimentos em gás natural podem ultrapassar R$ 110 bilhões em dez anos apenas no RJ

Investimentos em projetos confirmados e potenciais na cadeira de valor do gás natural no Rio de Janeiro podem ultrapassar R$ 110 bilhões em um espaço de tempo de dez anos. A estimativa foi apresentada pela Firjan Senai na quinta edição do estudo “Perspectivas do Gás no Rio 2022”.

28/11/2007-Plataforma P-52 começa a produzir no Campo de Roncador. Foto: Stéferson Faria
28/11/2007-Plataforma P-52 começa a produzir no Campo de Roncador. Foto: Stéferson Faria

Investimentos em projetos confirmados e potenciais na cadeira de valor do gás natural no Rio de Janeiro podem ultrapassar R$ 110 bilhões em um espaço de tempo de dez anos. A estimativa foi apresentada pela Firjan Senai na quinta edição do estudo “Perspectivas do Gás no Rio 2022”.

O documento considera os planos estratégicos das empresas, viabilidade dos projetos e o horizonte de produção do gás durante o período. Apenas na indústria, foram identificados projetos potenciais que somam mais de 30 milhões m³/dia de gás natural, representando investimentos na ordem de R$ 60 bilhões ou 54,5% do total estimado.

O estudo destaca o papel do estado no mercado de energia, afirmando que “o Rio de Janeiro é o maior produtor energético no país, respondendo por 69% da produção nacional de gás”. Entretanto, a instituição ressalta a necessidade de políticas públicas para o aumento da competitividade do gás natural e um melhor alinhamento regulatório no setor.

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“O acesso a novos produtores, a facilidade da contratação do transporte e da distribuição, o acesso ao mercado livre e a possibilidade de construção de dutos de distribuição dedicados ao fornecimento são alguns mecanismos pró-mercado que devem compor uma melhor regulação”, destaca a Firjan Senai.

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O documento também aborda a integração do gás natural com as fontes renováveis no Porto do Açu, ressaltando o papel da Gás Natural Açu (GNA), joint venture entre as empresas Prumo Logística, Siemens, BP e Spic Brasil.

O empreendimento conta com duas usinas a gás natural, somando 3 GW de capacidade instalada, um terminal portuário associado a uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU) de gás natural liquefeito, com 28 milhões m³/dia de capacidade, uma unidade de processamento de gás natural, tancagem terrestre e gasodutos. A primeira usina entrou em operação em 2021 e a segunda está em construção, devendo fornecer energia a partir de 2025.

O estudo ainda discute sobre o papel do gás natural na indústria de fertilizantes e a nova lei do gás, e disponibiliza a “Calculadora da Tarifa de Distribuição de Gás Natural”, que simula o custo do insumo e o valor total da fatura do consumidor por segmento.