A Companhia Paranaense de Energia (Copel), que já detinha 30% da hidrelétrica (UHE) Baixo Iguaçu, atropelou a transação iniciada pela sua sócia Neoenergia, que tinha vendido a participação na hidrelétrica à francesa EDF. A empresa paranaense exerceu direito de preferência e comprou a totalidade da usina, para logo depois fechar um acordo de venda da hidrelétrica à tcheca Energo Pro por um valor superior do acordo negociado com os franceses.
No início de fevereiro, a Neoenergia anunciou a venda de sua fatia de 70% da planta para a EDF Brasil Holding, numa transação que avaliou a hidrelétrica em R$ 1,43 bilhão. Como sócia minoritária, a Copel tinha direito de preferência na operação, que foi exercido, e a antiga estatal paranaense se comprometeu a pagar R$ 984 milhões pelo negócio.
Ao mesmo tempo, a Copel fechou o acordo para venda da totalidade da usina para a DK Holding Investments, veículo de investimento da Energo Pro, por um valor total de R$ 1,55 bilhão – superior, portanto, ao ofertado pela EDF.
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A Copel recebeu à vista um sinal equivalente a 10% do valor total deste equity value, e o saldo remanescente deverá ser quitado pela DK Holding Investments até a data do fechamento, com ajustes usuais para esse tipo de operação.
Em nota, a Copel declara que “busca continuamente potencializar o seu portfólio e faz avaliações periódicas de oportunidades de reciclar ativos e participações minoritárias. A operação em questão explora uma oportunidade de negócio que gera valor para a Copel e otimiza sua estrutura operacional e administrativa”.
A conclusão da transação depende do cumprimento de condições precedentes usuais a este tipo de transação, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelos agentes financiadores da usina Baixo Iguaçu.
A UHE Baixo Iguaçu fica no rio Iguaçu, na região sudoeste do estado do Paraná, e tem capacidade instalada total de 350 MW.
