Otimização de portfólio

Eletrobras negocia venda de participação em Emae e compra fatia em transmissora

Anúncios estão em linha com o seu objetivo de simplificar a estrutura societária e de reestruturar o seu portfólio

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Eletrobras - Crédito: Fernando Frazão (Agência Brasil)

A Eletrobras iniciou as negociações para venda da sua participação na empresa na Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) com o fundo Phoenix, novo controlador da empresa, e fechou contrato com a Celg Participações (CelgPar) para descruzamento das participações minoritárias em duas transmissoras de energia.

Os anúncios da Eletrobras estão em linha com o seu objetivo de simplificar a estrutura societária em sociedades de propósito específico (SPEs) e coligadas e de reestruturar o seu portfólio de ativos, conforme apontando no seu plano estratégico 2024-2028.

Descruzamento  

A Eletrobras comprou 10% da participação detida pela CelgPar na SPE Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia (VSB) por R$ 36,3 milhões.

Com a operação, a ex-estatal passou a deter a totalidade da sociedade, responsável por 161,5 quilômetros de linhas de transmissão e uma subestação entre Goiás e Distrito Federal, que totalizam R$ 50,5 milhões de Receita Anual Permitida (2024/25).

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Em contrapartida, a CelgPar comprou 49,9% de participação que a Eletrobras detinha na Lago Azul Transmissão (LAZ) por R$ 7,4 milhões, passando a deter todas as ações da transmissora que opera 69 quilômetros de linhas em Goiás.

Participação na Emae

Nesta quarta-feira, 2 de outubro, o governo de São Paulo e o Fundo Phoenix FIP, que tem entre seus cotistas o investidor Nelson Tanure, assinaram o contrato de compra e venda das ações da Emae, finalizando o processo de privatização da companhia, que era a última estatal de energia do estado.

Depois do anúncio, a Eletrobras, que possui uma participação de 39% na Emae, informou que iniciou as conversas com o Fundo Phoenix sobre uma potencial alienação das ações.

No momento, a estrutura societária da Emae é formada pelo FIP Phoenix, com 29,9% a 39,9%, pela Eletrobras, com 39%, empregados, com até 10% e outros acionistas, com 21%.

A oscilação na participação do fundo é devido à obrigação de uma porcentagem para os empregados da companhia, conforme estava previsto no edital do leilão de desestatização.  Caso as ações não sejam adquiridas pelos funcionários, o Phoenix poderá adquirir e aumentar sua participação na empresa.