Negócios

Engie fecha acordo de autoprodução com Fundimisa e Adami

Sede Engie (Divulgação)
Sede Engie (Divulgação)

A Engie fechou dois contratos no modelo de autoprodução por equiparação com as empresas Adami Madeiras e Fundimisa Fundição e Usinagem. Os acordos englobam projetos eólicos localizados na Bahia e foram aprovados, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quinta-feira, 13 de fevereiro.

Ao órgão antitruste, o grupo Engie disse que as operações representam oportunidades de negócio e estão em linha com a sua estratégia de desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração, em especial em projetos de fontes renováveis. Segundo o processo, as operações serão apresentadas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em caráter meramente informativo.

A modalidade de autoprodução por equiparação, prevista nos acordos assinados pelas empresas, torna o consumidor de energia sócio do projeto, garantindo a isenção da maioria dos encargos setoriais e como forma de reduzir o custo da conta de luz.

Contrato com Fundimisa

Com as companhias de usinagem, o acordo envolve a compra, pela Fundimisa e Fundição Ciron, de uma participação minoritária em uma eólica localizada na cidade de Gentio do Ouro, na Bahia. No processo, as partes não divulgaram o volume do contrato, o nome do parque e os valores envolvidos na operação.

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Ao órgão antitruste, as empresas informaram que a operação é uma oportunidade de suprir sua alta demanda por energia elétrica, mantendo o seu compromisso com a sustentabilidade e com a redução da emissão de gases de efeito estufa.

A Fundimisa atua na produção de ferro fundido cinzento e nodular, usinagem e pintura e tem sede em Santo Ângelo, no estado do Rio Grande do Sul.

Já a Ciron é uma empresa do grupo Fundimisa e está em fase de instalação, com previsão para entrada em operação em abril de 2027. Quando estiver operacional, a companhia atuará na indústria metalúrgica por meio da fabricação de peças e acessórios para sistemas de motor de veículos automotores e equipamentos agrícolas. A expectativa é que fábrica terá capacidade para produzir até 7,5 mil toneladas por mês de peças de ferro fundido.

Em janeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de financiamento de R$ 87,8 milhões à fundição Ciron para a implantação da planta na cidade Alvorada, no Rio Grande do Sul. O investimento total na nova empresa será de cerca de R$ 200 milhões.

Acordo com Adami Madeiras

Com a Adami Madeiras, a Engie fechou acordo de autoprodução por equiparação envolvendo os projetos eólicos Serra do Assuruá 09 e 10, situados em Gentio do Ouro, na Bahia. Os ativos fazem parte do conjunto eólico Serra do Assuruá, composto por 188 aerogeradores e 24 parques eólicos, que somam 846 MW de capacidade total instalada, e tem previsão para conclusão no segundo semestre de 2025.

Em novembro do ano passado, uma das unidades da Serra do Assuruá 09 foi liberada para operação comercial pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Já no início deste ano, nove unidades da eólica Serra do Assuruá 10 foram liberadas para testes.

Ao Cade, a Adami afirmou que a operação representa uma oportunidade de suprir sua alta demanda por energia elétrica, mantendo o seu compromisso com a sustentabilidade, com a redução da emissão de gases de efeito estufa e com utilização de fontes renováveis para as suas unidades produtivas.

A Adami é empresa brasileira que opera há 82 anos e possuí cinco unidades de negócio envolvendo atividades de papel, embalagens, madeireira, florestal e energia.