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M&As de energia e recursos naturais crescem 17% no segundo trimestre

O dado foi apresentado em uma pesquisa da KPMG

Acordo entre Rio Grande do Sul e Begreen Bioenergia e Fertilizantes Sustentáveis - Freepik
Pesquisa da KPMGsobre M&As - Freepik

O número de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) realizadas nos setores de energia e recursos naturais no segundo trimestre de 2024 cresceu 17%, chegando a 35 transações contra 19 registrados no segundo trimestre do ano anterior. O dado foi apresentado em uma pesquisa da KPMG realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.

Das operações fechadas, 16 foram de companhias energéticas, dez envolveram o setor petrolífero, seis mineração e três relacionadas a fertilizantes.

“A transição energética rumo a uma economia de baixo carbono possibilita uma série de oportunidades de diversificação de portfólio para diversas companhias. No Brasil, os setores de mineração e óleo e gás são promissores e atraem ainda muitos negócios”, diz o sócio-líder do setor de Energia e Recursos Naturais da KPMG no Brasil e na América do Sul, Manuel Fernandes.

M&A nos setores da pesquisa KPMG

No período, o Brasil contabilizou 426 fusões e aquisições, uma alta de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 365 operações.

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A área de tecnologia da informação lidera o ranking por setor, seguida pela indústria de alimentos, bebidas e fumos. As operações domésticas entre organizações brasileiras (256) lideraram essas transações, seguidas por de empresas de capital majoritário estrangeiro (95) que adquiriram, de brasileiros, capital de companhias estabelecidas no Brasil.

“Os dados evidenciam um aumento importante no número de fusões e aquisições. Após os impactos causados pelo aumento global de taxa de juros e ajustes na expectativa de preço, fica evidente que as empresas estão mais ativas nessas operações e que devemos ter uma retomada no número de fusões e aquisições”, afirmou Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.

Entre os estados, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o ranking de transações, com 204, 48 e 38, respectivamente.

Em relação às transações envolvendo a entrada de capital estrangeiro no Brasil, os Estados Unidos (56), o Canadá (9) e a Argentina (5) estão nas primeiras posições.