Negócios

Petrobras deve fechar 2020 com US$ 2 bi de entrada no caixa com venda de ativos

Com a conclusão da venda da distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP) Liquigás, anunciada nesta quarta-feira, 23 de dezembro, a Petrobras caminha para fechar o ano totalizando cerca de US$ 2 bilhões de entrada no caixa com alienação de ativos. O valor é substancialmente inferior ao total obtido no ano anterior, devido principalmente ao efeito da pandemia de covid-19.

“Com esse closing [fechamento do negócio] de hoje, vamos chegar a US$ 2 bilhões [de entrada de caixa com venda de ativos em 2020] aproximadamente”, afirmou a gerente executiva de Gestão de Portfólio da Petrobras, Ana Paula Saraiva, em teleconferência com jornalistas sobre a conclusão da venda da Liquigás para a Copagaz e a Nacional Gás, por R$ 4 bilhões.

Apenas para efeito de comparação, no ano passado até 5 de fevereiro deste ano, a Petrobras registrou a entrada de caixa de US$ 14,7 bilhões, incluindo transações fechadas e adiantamentos de transações não concluídas.

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Em novembro deste ano, a Petrobras anunciou sua nova meta de desinvestimentos, de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões, para o período 2021-2025.

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Sobre a venda da Liquigás, o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy, destacou que a operação será benéfica para o consumidor. “Este é um mercado que tem 7,5 milhões de toneladas/ano. O Brasil é um grande consumidor de GLP. Essa operação vai ser uma mudança importante, benéfica para o consumidor”.

TBG

Com relação ao lançamento do “teaser” de venda da participação de 51% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), nesta quarta-feira, Ardenghy explicou que a transação está alinhada com a estratégia da companhia de sair do negócio do transporte de gás natural e com o compromisso firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), relativo a desinvestimentos no setor de gás.

Ana Paula também explicou que o lançamento do teaser estava condicionado à definição pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da base regulatória de ativos da TBG, o que ocorreu apenas no início deste mês. Com relação ao prazo de conclusão de venda do ativo até 31 de dezembro de 2021, estabelecido no Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado com o Cade, ela explicou que o documento prevê a possibilidade de extensão do prazo, em determinadas circunstâncias.

“No caso da TBG, a depender da resposta do mercado, nós, sim, conversaremos com o Cade ao longo do ano que vem. Já existe previsão no TCC original de, em certas circunstâncias, a Petrobras pleitear um prazo adicional”, completou Ana Paula.

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