A produção brasileira de petróleo cresceu 4% em 2022, atingindo 3 milhões de barris/dia, dos quais 76% (2,3 milhões de barris diários) vieram do pré-sal. Em relação ao gás natural, a produção cresceu 3,1% em relação a 2021, 13º ano consecutivo de aumento, alcançando 137,9 milhões de metros cúbicos(m³)/dia.
Os dados são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou nesta sexta-feira, 30 de junho, as informações consolidadas sobre o mercado nacional que serão publicadas no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023.
Apesar do crescimento na produção de petróleo, houve aumento de 68,34% na importação do insumo, chegando à marca de 100 milhões de barris importados (278 mil barris/dia). Em relação ao gás natural, as importações reduziram 47%, passando de 16 bilhões de m³ para 8,9 bilhões de m3.
A exportação de petróleo aumentou 1,71%, chegando à marca de 491 milhões de barris. Em gás natural liquefeito (GNL), a exportação caiu 98%, com 1,26 milhão de m³.
Alvo de controvérsias recentes entre o Ministério de Minas e Energia e empresas do setor, a reinjeção de gás natural aumentou 12,4% em 2022.
A Petrobras é a maior produtora do setor no país, respondendo por 68,3% da produção de petróleo e 69,5% da produção de gás natural. Em seguida, vem a Shell (12% da produção de petróleo e 11,8% de gás natural), enquanto Petrogal e TotalEnergies ficam na casa dos 3% na participação de suas produções de petróleo e gás.
As reservas totais de petróleo apresentaram em 2022 um incremento de 10,6% em relação a 2021, chegando a 26,91 bilhões de barris. Já as reservas provadas de petróleo somaram 14,9 bilhões de barris, um aumento de 11,5% em comparação a 2021.
Em relação ao gás natural, em 2022 as reservas totais cresceram 4,5%, alcançando 587,9 bilhões de m³. As reservas provadas de gás atingiram 406,5 bilhões de m³, crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior.
A produção nacional de derivados de petróleo cresceu 6,7% em 2022 e atingiu 2,1 milhões de barris/dia. As vendas de derivados pelas distribuidoras registraram crescimento de 3,9%, com destaque para as vendas de querosene de aviação, que cresceram 35,9%.
Em 2022, o volume de obrigações da cláusula dos contratos de concessão, partilha e cessão onerosa relativa aos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) foi de R$ 4,4 bilhões, crescimento de 45,8% em relação ao ano anterior. Já o montante gerado de participações governamentais (como royalties e participação especial) atingiu R$ 118,6 bilhões, crescimento de 52% em relação ao ano anterior.
