Transição energética

Transição energética não pode impor barreiras comerciais, diz Petrobras

Sanções econômicas voltadas para acelerar a descarbonização podem provocar impactos também no Brasil, que já tem maior parte de sua matriz energética renovável. A avaliação é do gerente de Biocombustíveis da Petrobras, Adriano Fraga.

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Crédito: Nattanan Kanchanaprat por Pixabay

O Brasil, que já tem matriz majoritariamente renovável, pode perder competitividade por sanções externas no contexto da descarbonização. A avaliação é do gerente de Biocombustíveis da Petrobras, Adriano Fraga. Para ele, o Brasil deve se impor em fóruns externos, como Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) e Icao (Organização Internacional da Aviação Civil, na sigla em inglês), para que não sofra penalidades indevidas.

“O Brasil já está onde os outros países querem estar. A gente não pode absorver um custo que vai nos tornar menos competitivos só por uma imposição externa da regulação. É preciso olhar custo, sem aproveitar a transição energética para impor barreira comercial”, declarou Fraga durante o evento Diálogos Oceânicos, realizado pelo Pacto Global da ONU em parceria com o Porto do Açu nesta segunda-feira, 1º de julho, no Rio de Janeiro.

No evento, Fraga revelou que a Petrobras tem acordos para produção de metanol renovável com a European Energy, “uma companhia de referência no setor”, e de amônia com a China Energy.

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O executivo reconheceu a importância de parcerias e comentou que a Petrobras buscar parceiros em todas as etapas da produção de biocombustíveis, desde a originação de matéria-prima até o offtake dos produtos, passando pelo desenvolvimento de projetos. 

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Em ocasiões anteriores, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, já havia mencionado que a companhia teria acordos em e-metanol com uma “empresa europeia que tem PPAs assinados”, mas sem mencionar nomes de parceiros.