A lei de Redução da Inflação, esforço mais recente dos Estados Unidos para combater as mudanças climáticas, somada a outros esforços globais, possibilitaram o incremento de 1,9% na capacidade instalada da fonte eólica de julho a setembro deste ano, o equivalente a 25,6 GW, segundo novo relatório da consultoria britânica Wood Mackenzie.
Ainda em relação ao terceiro trimestre deste ano, as Américas e a Europa adicionaram 21 GW capacidade instalada no setor eólico, dos quais, 9,3 GW apenas da América do Norte. Com os resultados, a expectativa da consultoria é que até 2031 esse crescimento seja ainda maior, graças aos pacotes de estímulos mundiais que têm sido aprovados para incentivar o uso de fontes renováveis.
Para a Europa, que atualmente procura alternativas para superar uma possível crise energética, a consultoria prevê um aumento de 9,7%, equivalente a mais de 10,2 GW, de outubro a dezembro de 2022.
“Políticas novas e fortalecidas na Alemanha, França e Grécia, e as concessões de projetos na Finlândia, Dinamarca e o Reino Unido renderam altas nas nossas perspectivas de crescimento”, afirma Luke Lewandowski, diretor de Pesquisa da Wood Mackenzie.
O levantamento ainda estima um grande crescimento do mercado de energia eólico na China a partir de 2025, alcançando uma capacidade instalada de 72 GW neste horizonte.
“A interrupção de projetos offshore na China causada por tufões, desafios na cadeia de suprimentos e surtos de covid-19, pressionaram para que projetos fossem concluídos antes de 2026”, afirma Lewandowski.
Para a Wood Mackenzie, as iniciativas de descarbonização de vários países sinalizam “estabilidade de investimento no longo prazo”, o que contribuirá para o aumento dos mercados ocidentais neste setor.
“Muitos estão respondendo a pedidos de ação sobre o clima à medida que as preocupações com a segurança energética e o impacto negativo de eventos de tempestade mais destrutivas aumentam, bem como da pressão para atingir as metas”, aponta trecho do levantamento.