Economia e Política

Países do Brics repondem por 42% da produção mundial de petróleo de 2022

O Brics – aliança foramada pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – anunciou que o Irã, juntamente com os Emirados Árabes, Egito, Argentina, Etiópia e Arábia Saudita, passarão a integrar a aliança internacional a partir de janeiro de 2024.  Dos novos integrantes, três países – Arábia Saudita, Irá e Emirados Árabes Unidos – são membros-chave da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e somam uma produção total de 20,3 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boe/d), conforme dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês) de 2022.  Com a entrada dos novos membros, o Brics totaliza uma produção de 42 milhões de boe/dia, de acordo com dados do EIA. O volume é abaixo dos 100 milhões de boe/dia registrados mundialmente no período.

Joanesburgo, África do Sul, 24.08.2023 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidentes dos países amigos do BRICS, posam para foto oficial após a reunião do grupo, no Sandton Convention Centre, em Joanesburgo. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Joanesburgo, África do Sul, 24.08.2023 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidentes dos países amigos do BRICS, posam para foto oficial após a reunião do grupo, no Sandton Convention Centre, em Joanesburgo. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Brics – aliança foramada pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – anunciou que o Irã, juntamente com os Emirados Árabes, Egito, Argentina, Etiópia e Arábia Saudita, passarão a integrar a aliança internacional a partir de janeiro de 2024.  Dos novos integrantes, três países – Arábia Saudita, Irá e Emirados Árabes Unidos – são membros-chave da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e somam uma produção total de 20,3 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boe/d), conforme dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês) de 2022. 

Com a entrada dos novos membros, o Brics totaliza uma produção de 42 milhões de boe/dia, de acordo com dados do EIA. O volume é abaixo dos 100 milhões de boe/dia registrados mundialmente no período.

Além do petróleo, a aliança será responsável por 36% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em paridade de poder de compra.  

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“Neste mundo em transição, o Brics nos oferece uma fonte de soluções criativas para os desafios que enfrentamos. A relevância é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o Fórum Empresarial dos Brics, primeiro evento com os chefes de Estado na 15ª Cúpula dos Brics, em Joanesburgo, na África do Sul. 

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Objetivos do Brics 

O principal objetivo do Brics é a cooperação entre os membros para poderem avançar no desenvolvimento socioeconômico sustentável dos países e garantir o crescimento de suas economias. 

Por se trata de uma aliança internacional, o Brics, que não é um bloco econômico, possui caráter informal, ou seja, não existem princípios que guiem a cooperação e nem requisitos para ingressar. Desta forma, para a entrada de novos membros em agosto deste ano, os líderes do Brics precisaram chegar a um consenso. 

Em 2014, o grupo criou o Banco de Desenvolvimento (NBD) para financiar projetos de infraestrutura nos países-membros e em outras nações em desenvolvimento. Na sua fundação, os países concordaram que a instituição teria um capital inicial de US$ 50 bilhões, com contribuições distribuídas entre os países. 

Desde então, o Brics conta com a participação de ministros encarregados da área de Finanças e presidentes dos bancos centrais, que se reúnem com frequência para discutir assuntos relacionados a economia, entre eles, a adoção pelos países de uma moeda de referência para o comércio internacional. 

Outros temas como segurança alimentar, agricultura e energia também são discutidos na cooperação.