Economia e Política

Aprovado por Biden, projeto Willow aponta interesse dos EUA em expandir produção de petróleo, avalia consultoria

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou na última terça-feira, 14 de março, o projeto Willow, com a expectativa de injetar cerca de US$ 8 bilhões em projetos de extração de petróleo e gás no Alasca. Para Ed Crooks, vice-presidente da Wood Mackenzie Américas, o aval confirma que o governo norte-americano pretende expandir sua produção de óleo e gás.

Aprovado por Biden, projeto Willow aponta interesse dos EUA em expandir produção de petróleo, avalia consultoria

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou na última terça-feira, 14 de março, o projeto Willow, com a expectativa de injetar cerca de US$ 8 bilhões em projetos de extração de petróleo e gás no Alasca. Para Ed Crooks, vice-presidente da Wood Mackenzie Américas, o aval confirma que o governo norte-americano pretende expandir sua produção de óleo e gás.

Desde que os preços da gasolina dispararam no primeiro semestre do ano passado, com o preço médio de varejo dos EUA atingindo um novo recorde de US$ 5,12 o galão em junho, o presidente Biden tornou-se cada vez mais favorável ao aumento da produção de petróleo dos EUA”, afirma Crooks. 

Aprovada em agosto de 2022 pelo governo dos EUA, a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), tem como um dos principais pilares incentivos na aceleração da transição energética da ordem de R$ 400 bilhões, ao longo de 10 anos, mas também inclui dispositivos que determinam o arrendamento de áreas de petróleo e gás pela administração norte-americana, sendo 60 milhões de acres no mar e 2 milhões de acres em terra a cada ano.

“Se não cumprir essas metas, sua capacidade de emitir concessões para o desenvolvimento de energia renovável é restrita”, diz Crooks.

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O Projeto Willow consiste na perfuração de sete locais do North Slope, no Alasca, na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A), de propriedade federal. Para aprovar o empreendimento, a administração de Biden reduziu para cinco os locais de perfuração propostos pela companhia ConocoPhillips, responsável pelo projeto e que está buscando desenvolver as sete áreas de arrendamento de óleo e gás adquiridos no final dos anos 1990, no Alasca.

Segundo Biden, a mudança foi necessária, visto que deve impactar na redução do uso de água doce e a eliminar de toda a infraestrutura relacionada aos dois locais de perfuração, minimizando os impactos ambientais e de migração de espécies.

Para Ryan Lance, diretor-executivo da ConocoPhillips, a decisão de Biden em aprovar o projeto Willow foi assertiva e deve causar uma transição energética mais fácil.

Na avaliação da Wood Mackenzie, embora o número de poços do projeto Willow no Alasca tenha diminuído, as perfurações e a produção dos poços não serão afetadas, visto que a ConocoPhillips tem experiência na perfuração de poços com maior diâmetro, e é dona da maior plataforma terrestre móvel da América do Norte, com capacidade de perfurar poços maiores que o normal.