![Aprovado por Biden, projeto Willow aponta interesse dos EUA em expandir produção de petróleo, avalia consultoria Aprovado por Biden, projeto Willow aponta interesse dos EUA em expandir produção de petróleo, avalia consultoria](https://megawhat.energy/wp-content/plugins/seox-image-magick/imagick_convert.php?width=904&height=508&format=.jpg&quality=91&imagick=uploads.megawhat.energy/2024/05/Plataforma-Exploracao-e-Producao-Semissubmersivel-P-55-Foto-Alexandre-Brum-Agencia-Petrobras-12.jpg)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou na última terça-feira, 14 de março, o projeto Willow, com a expectativa de injetar cerca de US$ 8 bilhões em projetos de extração de petróleo e gás no Alasca. Para Ed Crooks, vice-presidente da Wood Mackenzie Américas, o aval confirma que o governo norte-americano pretende expandir sua produção de óleo e gás.
“Desde que os preços da gasolina dispararam no primeiro semestre do ano passado, com o preço médio de varejo dos EUA atingindo um novo recorde de US$ 5,12 o galão em junho, o presidente Biden tornou-se cada vez mais favorável ao aumento da produção de petróleo dos EUA”, afirma Crooks.
Aprovada em agosto de 2022 pelo governo dos EUA, a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), tem como um dos principais pilares incentivos na aceleração da transição energética da ordem de R$ 400 bilhões, ao longo de 10 anos, mas também inclui dispositivos que determinam o arrendamento de áreas de petróleo e gás pela administração norte-americana, sendo 60 milhões de acres no mar e 2 milhões de acres em terra a cada ano.
“Se não cumprir essas metas, sua capacidade de emitir concessões para o desenvolvimento de energia renovável é restrita”, diz Crooks.
O Projeto Willow consiste na perfuração de sete locais do North Slope, no Alasca, na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A), de propriedade federal. Para aprovar o empreendimento, a administração de Biden reduziu para cinco os locais de perfuração propostos pela companhia ConocoPhillips, responsável pelo projeto e que está buscando desenvolver as sete áreas de arrendamento de óleo e gás adquiridos no final dos anos 1990, no Alasca.
Segundo Biden, a mudança foi necessária, visto que deve impactar na redução do uso de água doce e a eliminar de toda a infraestrutura relacionada aos dois locais de perfuração, minimizando os impactos ambientais e de migração de espécies.
Para Ryan Lance, diretor-executivo da ConocoPhillips, a decisão de Biden em aprovar o projeto Willow foi assertiva e deve causar uma transição energética mais fácil.
Na avaliação da Wood Mackenzie, embora o número de poços do projeto Willow no Alasca tenha diminuído, as perfurações e a produção dos poços não serão afetadas, visto que a ConocoPhillips tem experiência na perfuração de poços com maior diâmetro, e é dona da maior plataforma terrestre móvel da América do Norte, com capacidade de perfurar poços maiores que o normal.