A fabricante dinamarquesa de aerogeradores Vestas teve prejuízo de 75 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, contra um lucro de 16 milhões de euros registrado no mesmo período do ano passado. O resultado refletiu a queda no faturamento da companhia no período, que foi penalizado por impactos cambiais e pela menor entrega de máquinas.
A receita da companhia no período somou 2,7 bilhões de euros, queda de 5,2% na comparação anual.
As encomendas de turbinas eólicas alcançaram 2,3 GW, redução de 30% na mesma base de relação. Em valores, as encomendas representam 2,2 bilhões de euros, retração de 24,1% na base anual.
Já a produção de turbinas caiu 11,3% no período, a 2.645 MW, enquanto as entregas recuaram 25,8%, a 1.720 MW.
Mesmo com a retração, o estoque de encomendas da Vestas chegou a 25,8 GW, um aumento de mais de 5 GW na comparação anual.
“Depois de terminarmos bem 2023, garantimos 2,3 GW em encomendas, mantendo uma disciplina comercial forte. Enquanto entregamos o estoque de máquinas onshore e offshore, continuamos liderando a indústria e nos concentrando em atingir nossas metas financeiras”, disse em nota, o presidente e CEO do grupo, Henrik Andersen.
Para este ano, a Vestas prevê que as incertezas relacionadas à instabilidade geopolítica vão continuar afetando o mercado, mas espera que o aumento do preço dos aerogeradores ajude a impulsionar sua receita.
A Vestas manteve a previsão de atingir uma receita entre 16 bilhões de euros e 18 bilhões de euros no ano, já contando com a receita de serviços, que está em tendência de alta. A lucratividade da companhia deve continuar melhorando gradualmente, mas a empresa ainda vai sofrer os efeitos da execução de projetos com baixa margem que foram contratados no passado.