A Copel registrou lucro líquido de R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2021, redução de 37% na comparação com o mesmo período de 2020, quando apurou quase R$ 1,6 bilhão. No último trimestre deste ano, o Ebitda (lucro antes de resultados, juros, amortização e depreciação) alcançou R$ 1,51 bilhão entre abril e junho, representando alta de 12,1% na comparação com o mesmo período de 2020.
Segundo a empresa, o aumento do Ebitda reflete o efeito positivo provocado por itens não recorrentes no 2T20, em especial, a decisão favorável à subsidiária de distribuição relacionada ao direito de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, que refletiu no registro de R$ 809,1 milhões positivos na linha de outras receitas operacionais.
Já a receita operacional líquida da empresa foi de R$ 5,4 bilhões, aumento de 18,5% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Considerando o primeiro semestre deste ano, a receita operacional líquida atingiu R$ 10,4 bilhões, montante 20,4% superior aos R$ 8,65 bilhões registrados no mesmo período de 2020, devido, principalmente ao aumento de 52,9% em suprimento de energia elétrica, em virtude da comercialização dos 1.194 GWh de energia produzida pela UTE Araucária e do maior volume de energia vendida em contratos bilaterais pela Copel Mercado Livre.
O mercado fio da companhia alcançou 7.950 GWh no último trimestre, uma elevação de 12,2% em relação ao mesmo período de 2020. Somado a isso, a empresa teve aumento da receita da disponibilidade da rede elétrica, provocado pela elevação na remuneração sobre ativos de transmissão decorrente do maior IPCA no segundo trimestre desse ano e da revisão tarifária periódica aplicada aos contratos de transmissão.
A Copel explica, no entanto, que esses eventos foram parcialmente compensados pelo aumento no custo com energia elétrica comprada para revenda em função da piora no cenário hidrológico no mês de junho e do aumento do preço da energia no mercado de curto prazo no segundo trimestre de 2021, que alcançou R$ 233,36/MWh ante R$ 75,47/MWh no 2T20.
Em agosto, a Copel concluiu a alienação da Copel Telecom com desinvestimento de 100% das ações de emissão para a Bordeaux Participações. O valor final da operação, atualizado pela taxa Selic até a data do pagamento, totalizou R$ 2.506.837.507,29 e já foi transferido integralmente para a Copel.
Para o grupo, o valor reforçará o caixa e será destinado, entre outros, a investimentos sustentáveis nos negócios de energia. O reconhecimento contábil desta transação ocorrerá no terceiro trimestre de 2021, com efeito positivo de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão no resultado líquido do exercício.