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Disponibilidade de eólicas incorporadas da AES cresceu 12,4%, diz Auren

Crédito: Divulgação AES Brasil
Crédito: Divulgação AES Brasil

A Auren Energia realizou nesta quinta-feira, 8 de maio, teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2025, apresentando a melhora da performance das eólicas da AES Brasil após um ano de sua incorporação.

“Esse é o primeiro trimestre onde nós apresentamos, de fato, o trimestre cheio com as duas empresas combinadas [Auren Energia e AES Brasil]. Seguimos aqui empenhados na melhora da performance dos ativos eólicas adquiridos da AES. Números importantes aqui para este trimestre, já atingimos 90% da disponibilidade dos ativos, que cresceu 12,4% em relação ao mesmo trimestre do ano de 2024”, contou o CEO da Auren Energia, Fabio Zanfelice.

Os ganhos com sinergias recorrentes incorporação em PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros) representaram uma economia de R$56 milhões no 1T25, em linha com os R$ 250 milhões em sinergias anuais mencionadas no trimestre anterior.

Do processo de aquisição, a companhia amortizou cerca de 60% do financiamento realizado e reduziu em 0,7 vez a relação da alavancagem.

Melhora na performance eólica

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Nos últimos 12 meses, a Auren ainda contou com a operação completa das eólicas Cajuína 1 e Cajuína 2 e Tucano, contribuindo para uma geração total de 995 MW médios no seu portfólio eólico e 41% acima do registrado no primeiro trimestre de 2024.

“De todos os ativos, destaque para Tucano e Cajuína, que tiveram uma recuperação bastante forte na sua performance, e Mandacaru, que hoje é o ativo que apresenta a performance menor”, explicou Zanfelice sobre a performance dos parques.

O maior desafio de recuperação ficou para o parque de Madacaru, que teve sua operação interrompida para recuperação das pás eólicas, mas que ficou dentro do escopo do capex de R$ 200 milhões previsto inicialmente para recuperação de todos os parques.

A expectativa é que, com as pás já sendo recondicionadas, o parque volte a sua operação na totalidade a partir do segundo semestre.

“A nossa meta é chegar a 95% de disponibilidade em todos os parques até dezembro. Essa é a nossa meta geral, com uma boa parte dos problemas já resolvidos. Um pouco da disponibilidade, que ela parece não ter recuperado tanto nesse primeiro trimestre, é que nós fizemos muita manutenção nos parques agora, porque é justamente a janela de vento baixo”, complementou o CEO da Auren.

Geração forte apesar do curtailment

A geração de energia pela companhia representa 68,2% do seu portfólio, com um destaque para a geração hidrelétrica e que, segundo Fabio Zanfelice, “performa muito melhor que a média do mercado”.

No primeiro trimestre de 2025, a geração hidrelétrica foi 23% acima do primeiro trimestre de 2024, muito associada à característica geográfica das usinas da Auren, e principalmente das suas maiores usinas: Água Vermelha e Porto Primeira, que são hidrelétricas à jusante.

Na eólica, os cortes de geração de energia custaram à Auren R$ 49 milhões de janeiro a março deste ano, sendo que R$ 16 milhões são decorrentes de impacto de restrição elétrica – e muito intenso no período pela saída da linha do Bipolo-Xingu-Rio, que causou uma boa parte da restrição elétrica.

“Uma parte dessa foi não ressarcida, porque era a franquia dos ativos. Uma boa parte dos nossos ativos, a maior parte, já atingiu a franquia de restrição elétrica. E o residual foi associado a confiabilidade e razão energética”, explicou o executivo.