A Eletrobras registrou no terceiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 96 milhões, resultado cerca de 87% menor do que registrado no mesmo período de 2019. Segundo a empresa, o resultado foi impactado pela redução da receita de geração, em R$ 866 milhões.
“Os números foram influenciados, principalmente, pela redução da receita de geração de energia devido a término de contratos no ambiente regulado, paradas das usinas de Angra 1 e Angra 2 e Candiota III, além da queda de preços no mercado livre em função da pandemia”, explicou o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, que também destacou o aumento de provisões operacionais de R$ 910 milhões.
O Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrado no trimestre foi de R$ 1,9 bilhão. O resultado líquido é inferior ao mesmo período do ano passado (3T19), quando foi apresentado lucro de R$ 716 milhões.
O custo de PMSO (Pessoal, Material, Serviços e outros) da companhia teve uma redução de 3%, tendo em vista menor alocação de pessoal em investimento e antecipação de férias em razão da covid-19. O indicador de alavancagem da companhia teve pequena alteração, passando de 1,5 para 1,9, devido principalmente à antecipação do pagamento de dividendos de R$ 2,5 bilhões.
Os principais destaques positivos na receita da companhia dizem respeito aos reajustes anuais de transmissão (R$ 819 milhões decorrentes da revisão da base de remuneração para o ciclo 2018-2023); e de operação e manutenção de geração (R$ 123 milhões relativos às usinas de cotas). O desligamento de terceirizados em Furnas, atingindo a meta esperada, significou uma redução de custo de R$ 60 milhões.
As empresas Eletrobras geraram 148.678 GWh de energia no período, o equivalente a cerca de 34% da energia gerada no país.
Na transmissão, em que as empresas Eletrobras são responsáveis por 43,9% do país, a companhia atingiu o melhor resultado de disponibilidade operacional de linhas de transmissão em um terceiro trimestre desde 2015, registrando 99,96% de disponibilidade. Há três anos não há desligamentos de grande porte originados nas empresas Eletrobras.