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Energisa reflete sobre expansão em transmissão e não deve entrar em leilão

Eletricista da Energisa durante manutenção nas torres de transmissão em Cuiabá, no Mato Grosso. 
Foto: Pedro Vilela / Agencia i7
Eletricista da Energisa durante manutenção nas torres de transmissão em Cuiabá, no Mato Grosso. Foto: Pedro Vilela / Agencia i7

A Energisa não deve participar do leilão de transmissão, marcado para 31 de outubro. Um dos principais players nas disputas passadas, a Energisa não vê momento propício para a licitação que prevê R$ 8 bilhões de investimentos em 11 lotes, que correspondem a e 1.148 quilômetros de linhas.

“Não estamos pensando nesse leilão, não. Ele é um leilão menor e o momento atual de alta caixa de juros aqui [Brasil] faz refletir um pouco sobre a necessidade de expansão nesse segmento”, disse Maurício Botelho, CFO do grupo Energisa em teleconferência de resultados do segundo trimestre.

A companhia possui 13 concessões de transmissão, com dez ativos operacionais e 3 três em construção, com aproximadamente 3.508 km de linhas de transmissão e 14.454 MVA de capacidade de transformação.

Resultado da Energisa

A Energisa reportou lucro líquido consolidado de R$ 489,8 milhões, queda de 25,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a companhia, o item “Holdings e Outros” foi impactado negativamente pelo resultado financeiro, influenciado pela marcação ao mercado (MTM) das operações de opção de compra das ações da EPM e EPNE, aumento do saldo da dívida líquida em 26,5% e crescimento do custo médio da dívida líquida de 14,4% ao ano no 2T25. 

A Energisa detém opções de compra de participações minoritárias com valor atualizado equivalente a R$ 1,6 bilhão na Energisa Participações Minoritárias (EPM) e de R$ 1 bilhão na Energisa Participações Nordeste (EPNE).

O Ebitda ajustado recorrente consolidado totalizou R$ 1,9 bilhão no 2T25, aumento de 21,6% (R$ 344,7 milhões) sobre 2T24, influenciado, principalmente, pelo crescimento de 16,6% da receita do segmento de distribuição e redução de 2,8% do PMSO consolidado.

Em distribuição de energia, a venda permaneceu praticamente em linha com o 2T24, atingindo 10.517,0 GWh. Considerando que no 2T24 o crescimento havia sido recorde (+11,2%), o desempenho nos seis meses deste ano se manteve positivo. No mercado não-faturado, o crescimento foi de 2,1% no trimestre. No segmento de transmissão, a margem Ebitda Regulatório atingiu 81,6%, reflexo da redução de 27,3% de PMSO na comparação com o 2T24. (2025/2030).