Em meio a discussões intensas no setor sobre a melhoria da qualidade do serviço de distribuição, a Equatorial Energia confia que conseguirá regularizar os índices de suas sete concessões. No quarto trimestre de 2024, a companhia recebeu R$ 144 milhões em multas regulatórias, e teve nove dos 14 índices de qualidade de suas concessões abaixo do mínimo regulatório. As multas ocorreram nas concessões do Rio Grande do Sul, que passou por eventos climáticos extremos, Goiás e Pará.
Segundo a regulação, a qualidade dos serviços é medida pela Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e pela Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC). O DEC corresponde ao tempo médio que cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica durante período de observação, enquanto o FEC se relaciona ao número de interrupções ocorridas no período.
A diretoria da Equatorial avalia que já houve avanços na melhoria do serviço em diversas concessões, notadamente Piauí e Maranhão, e que há tempo para regularizar os índices.
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“O grupo Equatorial adquiriu ativos recentemente, são ativos que possuem uma curva para atingir os 80% num prazo um pouco mais longo”, explicou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Leonardo Lima. “O Pará e o Maranhão têm que atingir 80% em 2026, e eles estão adiantados. Já Piauí e Alagoas têm que atingir os 80% em 2027, então a gente tem o Piauí adiantado. Goiás tem o prazo para atingir os 80% somente em 2028”, exemplificou.
Além disso, a empresa avalia que já houve progressos. “Goiás enquadrou o FEC em apenas dois anos. Daquelas que não estão enquadradas no DEC, eu diria que Piauí deve ser a primeira a chegar, a redução foi muito boa, está muito próximo”, disse Lima. Os executivos reconhecem que o Rio Grande do Sul é uma das concessões que está distante dos valores pactuados, mas avaliam que, agora que os eventos climáticos extremos arrefeceram, há melhoria no desempenho.
Resultados da Equatorial
No quarto trimestre de 2024, a Equatorial Energia registrou lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, com avanço de 51,8% em um ano. A receita operacional líquida foi de R$ 12,6 bilhões, valor 12,2% superior do que no ano anterior.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 2,9 bilhões no período, montante 20,7% a maior do que no quarto trimestre de 2023. O total de energia injetada na rede pelas distribuidoras do grupo foi de 18,5 GWh, cerca de 2% a mais do que no mesmo período do ano anterior
