A WEG registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre do ano, alta de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o mercado interno foi impactado pela boa dinâmica dos negócios de ciclo longo, especialmente em projetos ligados aos leilões de transmissão e redes de transmissão, que compensaram quedas nas entregas nas áreas de geração eólica e de solar distribuída.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 2,2 bilhões, alta de 27,9%.
Também houve uma elevação de 22,1% na receita operacional líquida, que atingiu R$ 9,8 bilhões. Do valor, o mercado interno respondeu por 3,8 bilhões, alta de 1,5%, enquanto o externo registrou R$ 5,9 bilhões, crescimento de 40,6%.
Em comunicado sobre o desempenho, a fabricante destacou como positiva a aceleração do crescimento das receitas e margens operacionais, motivadas pela continuidade do bom desempenho na maioria dos seus negócios de ciclo longo e boa demanda pelos produtos e serviços nos principais mercados.
WEG no Brasil
No Brasil, o fornecimento de equipamentos de ciclo longo, especialmente em soluções ligadas à transmissão & distribuição (T&D), ajudaram no resultado. O bom desempenho é explicado pela companhia pelas entregas de transformadores de grande porte e subestações para projetos ligados aos leilões de transmissão e redes de distribuição.
Por outro lado, a receita da área de geração foi impactada pela redução da entrega de aerogeradores, movimento já esperado pela companhia que estava em vias de entregar seu último projeto eólico em carteira no Brasil no segundo trimestre do ano.
Durante evento em São Paulo na semana passada, Paulo Leonardo da Silva Sinoti, diretor de Negócio em Energia da WEG Brasil, ponderou que fazem dois anos desde a assinatura do último projeto eólico da empresa no Brasil. A empresa vê barreiras no mercado externo, mas ainda consegue realizar envios para outros países de outros equipamentos.
Sem contratos em carteira para novos aerogeradores no país, a WEG tem procurado manter contratos de operação e manutenção para gerar receita recorrente no médio prazo.
A receita do negócio de geração solar distribuída (GD) do terceiro trimestre segue impactada pela redução dos preços dos painéis solares e seu consequente impacto nos preços dos produtos, apesar de mostrar evolução em relação ao volume de projetos vendidos.
Nos equipamentos de ciclo curto, a WEG apontou melhora na demanda de motores elétricos e nos negócios de redutores.
Desempenho externo
O crescimento de receita no mercado externo foi puxado pelo desempenho dos negócios Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD), fruto principalmente do volume de entregas na área de T&D na América do Norte.
Segundo a WEG, o resultado é explicado pelas oportunidades em transformadores para parques de geração de energia renovável e reforço da infraestrutura da rede elétrica nos Estados Unidos, aliada a uma boa demanda nos demais mercados de atuação.
Também foram registrados resultados positivos nos negócios de geração, além da construção de uma carteira de pedidos saudável para os próximos trimestres.
A WEG ainda destacou que a atividade industrial continuou aquecida nos nossos principais mercados de atuação, principalmente nas vendas de equipamentos industriais para segmentos importantes como óleo e gás e água e saneamento.