O conselho de administração da Taesa aprovou a distribuição de proventos no montante de R$ 230,5 milhões (R$ 0,67/Unit), equivalente a 75% do lucro líquido regulatório do terceiro trimestre do ano, conforme nova política aprovada em maio deste ano.
Do valor, R$ 137,8 milhões são a título de juros sobre o capital próprio (JCP) e R$ 92,7 milhões em dividendos intercalares. O pagamento ocorrerá no dia 29 de janeiro de 2025, a partir da data base de 11 de novembro de 2024.
Resultados do terceiro trimestre
A Taesa encerrou o terceiro trimestre de 2024 com lucro líquido regulatório de R$ 303,3 milhões, queda de 5,9% em relação ao período homólogo.
O Ebitda regulatório totalizou R$ 487,6 milhões, redução de 1,9. Já a receita líquida regulatória somou R$ 592,5 milhões, uma diminuição de 1%.
As reduções são explicadas pela empresa pela queda da Receita Anual Permitida (RAP), motivada pelo reconhecimento não recorrente de receita complementar relativa a Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (Eust) no valor de R$ 31 milhões na etapa por rescisão de Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (Cust) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por uma contraparte, compensada em parte pelo reajuste do IPCA no mesmo ciclo para algumas concessões e pela entrada em operação de fases finais de Sant’Ana.
Segundo a empresa, os resultados também foram impactados por três eventos que causaram uma redução na parcela variável de R$ 10,2 milhões na fase. Entre as motivações, a Taesa listou o desligamento intempestivo, ocorrido em janeiro de 2024, de uma linha de transmissão após falha em um dos componentes de sustentação dos cabos, causando desligamentos programados para a manutenção corretiva e preventiva relacionadas a ocorrência.
A publicação da Resolução Homologatória 3.348/2024 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabeleceu as RAPs das concessões de transmissão para o ciclo 2024-2025, passando a valer a partir de 1º de julho de 2024 até 30 de junho de 2025, também afetou os resultados, com concessões ajustadas pelo IGP-M e pelo IPCA sofrendo reajuste inflacionário.
O resultado regulatório é considerado pelas empresas de transmissão e pelos analistas de mercado como mais aderente ao retrato financeiro atual do segmento. Nesse tipo de contabilização, a receita representa os recebimentos da companhia, refletindo no seu fluxo de caixa, e os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado. No regulatório, a receita reflete a Receita Anual Permitida registrada conforme o faturamento, no prazo da concessão.
Projetos em construção
Atualmente, a companhia possui quatro empreendimentos em construção (Ananaí, Pitiguari, Tangará e Saíra) e sete reforços de maior porte em cinco concessões (Novatrans, TSN, São Pedro, ATE e ATE III).
Em 27 de setembro de 2024, a Taesa levou o lote 3 do segundo leilão de transmissão do ano, por meio da Juruá Transmissora de Energia Elétrica. No momento, a empresa aguarda a homologação e adjudicação do certame, prevista para ocorrer até o dia 13 de dezembro de 2024, quando o empreendimento será assumido formalmente por ela.
A homologação e adjudicação está pautada para a próxima reunião de diretoria da Aneel, marcada para 12 de novembro.