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Omega tem prejuízo de R$ 160 mi no 2T21; OMC teve marcação a mercado adversa de R$ 39 mi

Omega tem prejuízo de R$ 160 mi no 2T21; OMC teve marcação a mercado adversa de R$ 39 mi

A Omega Energia registrou prejuízo de líquido de R$ 159,6 milhões no segundo trimestre de 2021, um aumento de 420% na comparação com o mesmo período de 2020. No semestre o prejuízo acumulado chega a R$ 253,4 milhões, que também significou um aumento de 208% em relação aos seis primeiros meses de 2020, quando totalizou prejuízo de R$ 82,4 milhões.

O Ebitda da empresa entre abril e maio deste ano ficou em R$ 139,8 milhões, um crescimento de 29% em relação ao obtido no segundo trimestre de 2020, quando apurou R$ 108,1 milhões. No primeiro semestre de 2021 o montante somou R$ 417 milhões.

O resultado no semestre ocorreu, segundo a empresa, após um custo não-caixa de R$ 20 milhões, relacionado à “marcação a mercado” de posições de longo prazo de energia da sua comercializadora. Sem esse custo, o Ebitda do semestre teria chegado a R$ 437 milhões.

“Os preços de curto-prazo de energia (PLD) no 2T21 ficaram mais de 200% acima dos preços do 2T20 e a vazão média das bacias hidrográficas do Brasil ficou 36% abaixo da média histórica. Tal cenário hidrológico foi acompanhado por incertezas regulatórias que poderiam ser tomadas pelo governo para fazer frente à crise hídrica e, consequentemente, fizeram com que os preços de curto e longo prazo fossem precificados de forma distorcida versus as curvas de aversão ao risco”, justifica a empresa em seu release de resultados.

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Durante o segundo trimestre deste ano, a Omega Comercializadora comercializou 598,1 GWh de energia com margem média de R$ 8,9/MWh. O montante comercializado ficou 59% superior ao negociado no mesmo período de 2020.

De abril a junto deste ano, o portfólio da comercializadora era composto por 2.850 GWh de energia vendida, dos quais 1.080 GWh ainda não haviam sido cobertos por compras de energia. A posição vendida da empresa apresentou uma marcação a mercado adversa de R$ 38,9 milhões no trimestre, devido a um aumento médio de R$ 36/MWh na curva de preços de longo prazo (2022 a 2030).

A geração de energia no primeiro semestre ficou dentro do projetado pela companhia, em 3.048,9 GWh. No entanto, a empresa aponta que o recurso esperado no Nordeste ficou abaixo das expectativas durante o segundo trimestre, em função de um mês de maio mais chuvoso.

Por outro lado, o recurso solar ficou acima das expectativas em Pirapora e o recurso eólico em Chuí foi substancialmente maior do que o esperado (13% acima do P50). A soma de fatores deixou a empresa satisfeita no acumulado no ano e em linha com as expectativas.