A Vibra Energia registrou prejuízo líquido de R$ 61 milhões no terceiro trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido de R$ 598 milhões reportado em igual período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que mede o resultado operacional da empresa, ficou em R$ 925 milhões, queda de 25% relação ao terceiro trimestre de 2021, de R$ 1,75 milhão.
Segundo a companhia, o terceiro trimestre de 2022 foi marcado por uma “abrupta, e nunca experimentada, redução de tributos sobre os preços dos combustíveis, em especial o da gasolina. Outro fator apontado pela Vibra Energia para as reduções do Ebitda e do lucro é a guerra entre Rússia e Ucrânia.
“[Houve] forte redução dos preços dessas commodities no mercado internacional ao longo do trimestre, ainda sob forte volatilidade oriunda do efeito da guerra entre Rússia e Ucrânia, o que culminou na maior desvalorização dos estoques de produtos já percebida pelo setor, repercutindo de maneira direta em nosso resultado trimestral”, informou a empresa em nota.
O volume de vendas da Vibra ultrapassou 10,3 milhões de m³, superando o segundo trimestre em cerca de 11,8% e “praticamente em linha ao total comercializado no mesmo período do ano anterior”, informou a companhia em comunicado.
Decisão CADE
A Vibra Energia foi condenada a pagar multa de R$ 62,3 milhões por impor barreiras à entrada de novo concorrente no fornecimento de combustível de aviação no terminal aeroportuário de Guarulhos, em São Paulo, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo a Vibra, mesmo após a decisão da entidade, tomada em reunião realizada na quarta-feira, 09 de novembro, ela ainda não foi intimada pelo Cade e ainda vai avaliar as medidas cabíveis para “preservação dos seus legítimos interesses”. “Reafirmamos também nosso compromisso com o livre mercado e com a adoção contínua das melhores práticas éticas, comerciais e concorrenciais, exigindo o mesmo comportamento dos nossos parceiros comerciais e força de trabalho”, disse a companhia em nota.
*Desde o ano passado, a Vibra realizou uma série de aquisições, incluindo 50% de participação na Comerc Energia, controladora da MegaWhat.*
