O Governo do Rio Grande do Norte assinou Memorando de Entendimento a Enterprize Energy para ações de cooperação e intercâmbio técnico, econômico e ambiental para a implementação de parques eólicos offshore e produção de hidrogênio e amônia verde. A empresa já executou obras no Reino Unido, Singapura, Taiwan e Vietnã.
Ian Hatton, principal executivo do grupo, disse que já tem equipe pronta para projetos no Brasil e que o Rio Grande do Norte tem as melhores condições para produção de energia eólica no mar. A partir das instalações eólicas, os estudos apontam para a produção de água dessalinizada, hidrogênio e amônia verde que podem ser utilizados na indústria química, de fertilizantes e combustíveis.
“O Rio Grande no Norte é lugar excepcional para projetos que podem gerar mais de 2 GW. Tem boas condições geográficas, de produção e armazenamento no mar e em terra, e pode vir a se estabelecer como centro de produção de distribuição de hidrogênio verde”, afirmou Ian Hatton.
O executivo ainda contou que que o projeto de produção de hidrogênio que está sendo executado pela companhia no Vietnã, com 5 GW de capacidade instalada, deve ter a engenharia replicada para o Brasil, significando uma aceleração dos projetos.
A governadora Fátima Bezerra comemorou a assinatura do memorando com uma empresa da qual conhece a qualificação e ressaltou o potencial do estado para a geração de energia eólica, inclusive a offshore.
“Não é à toa que somos o maior produtor de energia eólica do Brasil. E temos boas perspectivas para avançar ainda mais. No último leilão para novas usinas, o estado ficou em primeiro lugar. Aprovou quase três vezes mais projetos que o segundo colocado – o estado mais rico do país, São Paulo. Isso mostra que o RN tem feito seu papel: respeito aos investidores, segurança jurídica, celeridade no licenciamento ambiental, adequação das políticas fiscais e tributárias de incentivo, oferecendo ambiente seguro e atrativo aos investimentos”, disse a governadora.
O estado, em parceria com o Instituto Senar de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) está elaborando o atlas solar e eólico. “Até abril próximo o atlas estará pronto e será válido por dez anos. Também temos 14 das maiores empresas eólicas do mundo operando e obtendo lucro”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado.