A União Europeia aprovou, nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, a proposta que classifica o gás natural e a energia nuclear como fontes limpas de geração, atribuindo a elas o selo verde. Segundo a agência de notícias francesa France24, a proposta foi aprovada com poucas mudanças desde o envio do documento aos 27 países-membros da União Europeia, em 31 de dezembro.
Considerando o texto original, foram impostas condições estritas a classificação das fontes, que consideram o tempo de implantação das usinas e a obrigação do uso das melhores tecnologias disponíveis.
Em relação às usinas nucleares, o texto determina que novos projetos devem obter uma licença de construção antes de 2045, enquanto a extensão da concessão das usinas existentes deve ser autorizada antes de 2040.
Sobre o gás natural, a Comissão Europeia impôs um limite máximo de emissões de CO2 de até 100 g/kWh. No entanto, antes desse teto, está previsto um período de transição, permitindo que usinas que obtenham sua permissão até 2030 possam emitir 270 g/kWh.
O selo verde foi estabelecido para o gás natural e nuclear após a Comissão Europeia reconhecer que apenas as energias renováveis não seriam suficientes para atender à demanda crescente de eletricidade da região. Outro argumento para a aprovação da proposta é de que essas fontes vão agir como “pontes” para a transição energética em alguns países com estruturas muito poluentes.
Durante um período de quatro meses, que pode ser prolongado por mais dois meses, o Parlamento Europeu poderá analisar o documento e rejeitá-lo, se for o caso, por voto de maioria simples.
