A União Europeia (UE) assinou um memorando de entendimento (MoU) com o Azerbaijão para dobrar os envios de gás para o bloco, chegando a 20 bilhões de m³ (bcm) por ano até 2027 – o volume é 8,2 bmc do envio ano passado.
Segundo Ursula Von der Leyen, presidente do bloco, a proposta é chegar aos 12 bilhões de m³ até 2024 como forma de garantir a segurança do abastecimento da Europa. Para alcançar esses números, o bloco estipula um investimento de US$ 60 bilhões para expansão do corredor de gás sul – um complexo de três gasodutos que abastece o continente via a Turquia, Grécia, Albânia e Mar Adriático.
Além disso, a UE está discutindo com o país uma possível cooperação “sólida” para o desenvolvimento de energias renováveis como, eólica offshore e hidrogênio verde. “Gradualmente, o Azerbaijão evoluirá de um fornecedor de combustível fóssil para se tornar um parceiro de energia renovável muito confiável e proeminente para a União Europeia”, afirmou Von der Leyen.
Nesta segunda-feira, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) alertou que a Europa deve enfrentar um corte mais rigoroso de gás russo. A UE está procurando formas de diversificar o abastecimento europeu depois de vários cortes no fornecimento da Rússia, da parada no gasoduto Nord Stream 1 para manutenção e o acionamento do estoque de emergência da companhia alemã Uniper SE.
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