Gás natural

YPFB, TotalEnergies e Matrix firmam acordo para importação de Vaca Muerta

Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) / Crédito: TBG
Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) / Crédito: TBG | Foto: TBG

A estatal Yacimientos Petrolófilos Fiscales Bolivianos (YPFB), a TotalEnergies e a Matrix firmaram contrato para a importação de gás natural argentino para o Brasil. A molécula passará pela infraestrutura de transporte boliviana, que receberá o gás na fronteira da Argentina e o trará até a fronteira brasileira.

Na Argentina, a TotalEnergies obteve licença para exportar para o Brasil o gás que produz na região de Vaca Muerta (Bacia de Neuquén) e na Patagônia (Bacia Austral). A francesa e a brasileira Matrix Energia firmaram acordo para a importação do gás no modelo interruptível.

A YPFB divulgou a parceria nesta terça-feira, 26 de novembro, e informou que as empresas firmaram o acordo em evento realizado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, entre 21 e 22 de novembro. Antes, os governos do Brasil e da Argentina já haviam assinado termo para a importação do gás de Vaca Muerta. Na Bolívia, o serviço de transporte internacional por meio da rede da YPFB foi possibilitado por um decreto emitido em agosto que atribui à estatal a função de “agregador de gás em trânsito”.

A subsidiária da Matrix MTX Comercializadora de Gás recebeu também em agosto autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para importar até 10 milhões de m³ de gás natural por dia da Argentina. O gás pode ser entregue em Corumbá, no Mato Grosso do Sul – infraestrutura que recebe o gás do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) – ou em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, por meio da infraestrutura da Transportadora Sul Brasileira de Gás (TSB). Em setembro, a ANP deu aval para que a MTX começasse as atividades de comercialização de gás.