Eficiência energética

Setor enfrenta desafio da captura dos benefícios econômicos na regulação do armazenamento de energia

Com a possibilidade da abertura de duas consultas públicas para tratar da regulação de projetos de armazenamento de energia em baterias ainda em 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá como principal desafio regulatório a captura dos benefícios econômicos, sejam eles do empreendedor e/ou sistêmicos, e superação dos custos de capex e de operação e manutenção do sistema (O&M). A barreira foi apresentada nesta quarta-feira, 14 de junho, no Webinar sobre o tema, promovido pela autarquia.  De acordo com Carmen Silvia Sanches, secretária adjunta de Inovação e Transição Energética da Aneel, após a chamada de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação estratégico (PDI estratégico n°21/2026), que buscou arranjos técnicos e comerciais para a inserção de sistemas de armazenamento de energia no Brasil, foram sugeridos modelos para a monetização de serviços, como o deslocamento temporal de energia, a estabilização da geração renovável e postergação de investimento na transmissão, entre outros.

Setor enfrenta desafio da captura dos benefícios econômicos na regulação do armazenamento de energia

Com a possibilidade da abertura de duas consultas públicas para tratar da regulação de projetos de armazenamento de energia em baterias ainda em 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá como principal desafio regulatório a captura dos benefícios econômicos, sejam eles do empreendedor e/ou sistêmicos, e superação dos custos de capex e de operação e manutenção do sistema (O&M). A barreira foi apresentada nesta quarta-feira, 14 de junho, no Webinar sobre o tema, promovido pela autarquia. 

De acordo com Carmen Silvia Sanches, secretária adjunta de Inovação e Transição Energética da Aneel, após a chamada de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação estratégico (PDI estratégico n°21/2026), que buscou arranjos técnicos e comerciais para a inserção de sistemas de armazenamento de energia no Brasil, foram sugeridos modelos para a monetização de serviços, como o deslocamento temporal de energia, a estabilização da geração renovável e postergação de investimento na transmissão, entre outros.

Durante a chamada, agência recebeu 29 propostas de projetos de P&D, totalizando R$ 558 milhões em investimento – uma média de R$ 19,2 milhões por projeto e seis vezes mais do que a média de projetos em bancada. A capacidade de armazenamento ficou em 23,5 MWh e para plantas em 13,2 MW.  

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Os projetos envolveram uma combinação de usinas solares fotovoltaicas, eólicas, hidrelétricas com sistemas de armazenamento e sistemas híbridos solares conectados como produtor independente de energia (PIE). 

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Como resultado, foram identificadas variações na tensão da rede elétrica, a suavização e a correção do fator de potência e a prestação de serviços ancilares pelo armazenamento.

Também foram sugeridas regulações voltadas a maior integração e remuneração dos sistemas, a introdução de classificações específica de ativos para garantir a neutralidade tecnológica, além da realização de leilões que permitam a participação de recursos de armazenamento e outras tecnologias de flexibilidade. 

As propostas ainda apresentaram pleitos para a valorização de tais recursos na prestação de serviços ancilares, melhorarias na sinalização de preços com maior granularidade temporal e locacional e a inclusão dos serviços dos ativos de armazenamento nas bases das transmissoras e distribuidoras. 

Durante a apresentação, o diretor Hélvio Guerra afirmou que o sistema de armazenamento será crucial para a transição energética brasileira.  

“Estamos em busca de soluções para além da geração a partir das fontes renováveis, já que estamos introduzindo mais intermitência no nosso sistema, precisamos de uma solução. Um dos pontos relevantes é o armazenamento. São várias as formas, temos as hidrelétricas, por exemplo, e hoje o mundo vive um avanço em relação às baterias, que são uma alternativa importante. O Brasil também tem um potencial hidráulico muito relevante, precisamos avaliar nossa capacidade de incluir usinas reversíveis em nossa matriz, seja por meio de usinas existentes ou novas”, afirmou.