A análise da proposta de combinação de negócios apresentada pela Eneva à AES Tietê custou à companhia R$ 32 milhões, montante que vai impactar negativamente o resultado do segundo trimestre do ano, informou a geradora renovável nos seus demonstrativos financeiros dos primeiros três meses de 2020.
Segundo a AES Tietê, as despesas foram registradas entre 1º de março, data de entrega da proposta pela Eneva, até 21 de abril, quando a oferta foi retirada. O conselho de administração e os administradores da AES Tietê se dedicaram à análise no período, e o colegiado apresentou parecer rejeitando a oferta em 19 de abril.
A companhia teve lucro líquido de R$ 75,3 milhões no trimestre, aumento de 21,5% ante o resultado do mesmo período de 2019. Na mesma base de comparação, a receita operacional líquida subiu 1,6%, para R$ 494,4 milhões. A companhia obteve uma redução de custos e despesas operacionais de 12,8% no trimestre, com destaque para a redução de 51,2% nos gastos com compra de energia elétrica, que somaram R$ 48,2 milhões.
A redução de custos foi possível pela estratégia de alocação de energia no trimestre, que resultou em menor volume e preço de compra de energia na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Com isso, a margem hídrica da AES Tietê subiu R$ 51,6 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 18,3% no trimestre, para R$ 312,8 milhões.