Dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) divulgados nesta terça-feira, 19 de julho, mostram que a cogeração de energia atingiu 20 gigawatts (GW) de capacidade instalada, representando 10,9% da matriz elétrica brasileira, de 183,59 GW. O resultado foi puxado, principalmente, pela produção de energia movida a partir do bagaço de cana-de-açúcar, que conta hoje com 646 usinas, totalizando 12,073 GW de capacidade instalada, ou 60% do total da cogeração.
O levantamento, feito com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prevê um acréscimo, apenas do bagaço de cana-açúcar, de 559 MW até o final de 2022. O montante deve ser distribuído em 465,7 MW em novas usinas e outros 93 MW em ampliações de capacidade instalada. Além disso, a associação indica que o segmento poderá adicionar até 2,6 GW em cogeração nos próximos quatro anos.
“A cogeração tem importância estratégica para o Brasil. É uma energia distribuída, gerada em usinas próximas dos pontos de consumo, o que dispensa a necessidade de investimentos em longas linhas de transmissão. E é uma energia firme, com qualidade, não intermitente A cogeração é fundamental para uma matriz elétrica mais equilibrada, poupando água dos reservatórios das hidrelétricas”, diz o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte.