Biomassa

Enel espera vender até US$1,8 bi em ativos para reduzir dívida

Diretor da companhia disse que desinvestimentos devem incluir ativos de energia renovável no México e no Brasil, assim como operações de carbono e biomassa

Milão – A elétrica italiana Enel espera arrecadar até 1,5 bilhão de euros, ou 1,8 bilhão de dólares, com vendas de ativos na segunda metade do ano, com o propósito de ajudar a reduzir sua dívida depois de uma série de aquisições.

Em declaração a analistas depois de divulgar os resultados do primeiro semestre, o diretor financeiro da Enel, Alberto De Paoli, disse que os desinvestimentos devem incluir ativos de energia renovável no México e no Brasil, assim como operações de carbono e biomassa.

“No total, podemos arrecadar entre 1,2 bilhão e 1,5 bilhão de euros”, disse De Paoli.

Em junho, a gigante elétrica europeia fechou a aquisição por 1,5 bilhão de dólares de uma participação majoritária na distribuidora de energia Eletropaulo, responsável pelo fornecimento na região metropolitana de São Paulo. A empresa anunciou também que pode gastar mais 2,3 bilhões de dólares para comprar uma empresa latino-americana de fibra ótica.

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A Enel, que controla a espanhola Endesa, está se concentrando em redes e energias renováveis para impulsionar seu crescimento, especialmente nos mercados emergentes e na América do Norte.

O grupo, o maior agente privado no mercado energético sul-americano, possui grandes ativos de geração e distribuição no Brasil. No ano passado, a Enel comprou a distribuidora de energia goiana Celg-D junto à estatal brasileira Eletrobras por 647 milhões de dólares.

“Não vejo apetite por novas aquisições no Brasil neste momento”, disse a analistas o presidente-executivo da italiana, Francesco Starace.

Mais cedo, a Enel disse que sua dívida líquida até o fim de junho aumentou em 11,2 por cento frente a dezembro, para 41,6 bilhões de euros, devido principalmente a aquisições e pagamentos de dividendos.

A elétrica, um dos maiores investidores em energia limpa do mundo, tem meta de fechar o ano com lucro operacional de cerca de 16,2 bilhões de euros.

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