O Brasil atingiu no início do mês a marca dos 16 GW de capacidade em geração distribuída (GD), crescendo 1 GW nos últimos 36 dias, aponta mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). Segundo a entidade, o crescimento da geração distribuída no país é resultado, principalmente, da energia solar e de outras fontes, como eólica, biogás, biomassa e cogeração a gás natural, na modalidade.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica mostram que a solar fotovoltaica representa 10,6% da matriz elétrica no país, atrás apenas das fontes hídrica (51,8%) e eólica (11%). De acordo com a ABGD, hoje, cerca de 2/3 da potência da fonte solar advém de projetos em telhados ou de minigeração, já os outros, 1/3, são derivados de geração centralizada em fazendas solares de grande porte.
Até o final de 2022, a expectativa da associação é de que a GD cresça mais 0,5 GW de capacidade na fonte solar, empurrando-a para o segundo lugar na matriz elétrica brasileira. Projetos de geração de energia na modalidade a partir do biogás ou da biomassa também vêm crescendo, sobretudo, no interior do Brasil.
Para Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, 2022 é o ano da geração distribuída, sendo uma alternativa acessível, limpa e renovável para os consumidores, além de contribuir com a transição energética. Já em relação ao sistema elétrico nacional, a categoria reduz custos de transmissão e distribuição, além de contribuir para a segurança do sistema.
Atualmente, a GD é distribuída por 1,5 milhão de usinas de microgeração e minigeração no país, a maioria da energia produzida é destinada a residências (47,9%), comércio (29,1%), rural (14,5% e industrial (6,9%). Os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, seguem na liderança da modalidade, com 2,2 MW,2 MW e 1,7 MW, respectivamente.