Programa de biocombustíveis é política do Estado brasileiro, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu o programa brasileiro de biocombustíveis, e afirmou que o percentual mínimo do biodiesel acrescentado ao diesel deve voltar a ser elevado a 13% em breve.

Recentemente, no início de setembro, o percentual da mistura obrigatória do biodiesel ao combustível foi reduzido de 13% para 10%, com validade para novembro e dezembro deste ano, em uma tentativa de segurar os preços do combustível, já que o preço da soja também teve aumento significativo no mercado exterior.

“Em 22 de novembro, teremos a reunião do CNPE [Conselho Nacional de Política Energética] que vai decidir sobre o percentual, de forma transparente e com a participação de todos. Essa é uma política de Estado, e não de governo, e não tenho dúvida de que trará muitos frutos ao país”, disse o ministro, ao participar de uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Questionado sobre os preços dos combustíveis, o ministro lembrou que a Petrobras, até 2016, de fato fazia um controle de preços, que a levou a pagar multas bilionárias para investidores internacionais e também a transformou na empresa de petróleo e gás mais endividada do mundo.

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“O preço de energia e dos combustíveis cresceu no mundo todo. O que temos que fazer é, de acordo com nossas características e vantagens competitivas, estabelecer as políticas públicas para que o consumidor brasileiro tenha o preço mais justo possível, de forma a minimizar os impactos socioeconômicos”, disse o mandatário do MME.

O ministro fez uma apresentação na qual explicou que apenas o petróleo subiu 60% em 2021, mesmo período em que também houve desvalorização do dólar. Em janeiro de 2019, um barril de petróleo custava R$ 211, e chegou a R$ 465 atualmente, segundo o ministro.