Biomassa

Rio de Janeiro vai instalar usina para transformar lixo de complexo penitenciário em energia

O governo do Rio de Janeiro quer transformar o Complexo Penitenciário de Gericinó no primeiro conjunto de presídios sustentável do país a partir da implantação de uma usina de recuperação energética (URE) de biodigestão, com capacidade para gerar um total de 720 mil KWh por ano. A previsão é que a planta entre em operação até junho de 2024.

Rio de Janeiro vai instalar usina para transformar lixo de complexo penitenciário em energia

O governo do Rio de Janeiro quer transformar o Complexo Penitenciário de Gericinó no primeiro conjunto de presídios sustentável do país a partir da implantação de uma usina de recuperação energética (URE) de biodigestão, com capacidade para gerar um total de 720 mil KWh por ano. A previsão é que a planta entre em operação até junho de 2024.

O processo de licenciamento ambiental da obra começará imediatamente e deve levar pelo menos seis meses para ser concluído, segundo o governo do Rio, com a construção da usina sendo iniciada em abril de 2023. A geração da usina equivale ao consumo de 300 residências a partir do aproveitamento do potencial energético dos resíduos.

O termo de cooperação técnica foi firmado entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa). A Seap será beneficiada com a receita da venda do biogás e do biometano, resultando ainda na redução de despesas com a coleta de resíduos, uma vez que grande parte do lixo, matéria-prima necessária à URE, será processada no próprio Complexo de Gericinó.

Outro ganho listado pelo governo estadual será oferecer ao privado de liberdade uma nova modalidade de trabalho, promovendo reintegração social, uma vez que a mão de obra dos detentos será usada para colocar a usina para funcionar nas suas diferentes etapas, desde a coleta seletiva ao trabalho industrial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O Complexo de Gericinó tem, atualmente, 27 mil homens e mulheres cumprindo pena de reclusão em diversos regimes, um contingente que produz cerca de 400 toneladas por mês de lixo, incluindo garrafas PET, resíduos gerados pelo sistema de esgoto, e que serão aproveitados após conversão em iodo e, em seguida, transformados em biogás.