Setor quer portaria que permita declarar adicional de garantia física, segundo Valor Econômico
Usinas a biomassa querem propor ao governo uma medida que permita elevar a geração de energia, o que poderia ajudar a economizar água dos reservatórios de energia, de acordo com reportagem do jornal Valor Econômico.
Segundo a publicação, a proposta prevê a publicação, pelo Ministério de Minas e Energia (MME) de uma portaria que possibilite às usinas declararem um valor adicional de garantia física, reconhecendo o potencial comercial do excedente, o que viabilizaria a venda da energia.
Essa declaração funcionaria como uma espécie de “selo”, de acordo com o jornal, assegurando a energia que pode ser negociada. Estima-se que as usinas em operação no país poderiam gerar 30% a mais de energia.
O presidente-executivo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, afirma na reportagem que a expectativa é tratar do assunto com o MME neste mês para tentar uma solução até fevereiro, a fim de que as empresas tenham tempo para se preparar para a safra da cana-de-açúcar, que ocorre de abril a novembro – coincidente com o período seco.
Atualmente, todo excedente produzido pelas usinas é liquidado no Mercado de Curto Prazo, mas com a liquidação financeira travada por causa do risco hidrológico (GSF), as usinas a biomassa não recebem pelo adicional gerado.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que as térmicas a biomassa acumulavam crédito de mais de R$ 400 milhões e diante desse cenário, elas têm deixado de produzir excedentes, tratados como “energia sacrificada”, de acordo com Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da Unica.