A Universidade Federal de Goiás (UFG) estudará a viabilidade de produzir hidrogênio verde a partir do processamento de biomassa e/ou resíduos agroindustriais, como o bagaço da cana-de-açúcar. O projeto conta com um financiamento de R$ 4 milhões, oriundos da Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural (RTVE), e ficará pronto até dezembro de 2023.
O projeto busca desenvolver tecnologias sustentáveis baseadas no uso do hidrogênio verde como combustível, podendo reduzir os impactos climáticos – sem explorar outros recursos. A princípio, a UFG submeterá o líquido derivado da matéria-prima ao que se chama água supercrítica (que é a submissão do líquido a condições de pressão e temperatura para gaseificar o hidrogênio), tornando o hidrogênio passível de ser utilizado, posteriormente, como combustível.
O processo também permitirá a quebra das moléculas orgânicas dos resíduos, fazendo com que a água se torne reutilizável. Christian Gonçalves Alonso, coordenador da pesquisa, destacou que a tecnologia está em fase embrionária, mas que o objetivo é expandi-la para uma escala maior em um “futuro próximo”.
O local responsável de desenvolvimento da pesquisa será o Laboratório de Pesquisa em Processos Renováveis e Catálise (laboratório GO H2), inaugurado dia 7 de novembro deste ano. O espaço faz parte de uma parceria entre a UFG e a Cooperação Brasil-Alemanha para o desenvolvimento sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
