Equinor e a empresa alemã RWE assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) para desenvolver cadeias de valor em larga escala no setor de energia de baixo carbono e reforçar a parceria entre Noruega e Alemanha, bem como entre as empresas.
Essa parceria visa substituir o abastecimento de carvão por hidrogênio nas plantas geradoras da Alemanha e desenvolver a produção de hidrogênio renovável e de baixo carbono na Noruega. O combustível será, então, exportado para a Alemanha por meio de gasodutos ligando os países.
“Por meio dessa colaboração, nós vamos reforçar a segurança energética de longo prazo do líder industrial da Europa [Alemanha], enquanto, ao mesmo tempo, estaremos oferecendo uma rota viável para a transição energética das indústrias. Essa colaboração tem o potencial de transformar a Noruega em um fornecedor-chave de hidrogênio para a Alemanha e a Europa”, afirmou Anders Opedal, CEO e presidente da Equinor.
O projeto de cooperação está dividido em quatro etapas principais, segundo a companhia norueguesa. As empresas deverão construir e gerir em conjunto novas plantas a gás na Alemanha, que serão inicialmente abastecidas com gás natural, passando gradualmente para o hidrogênio como combustível.
Na Noruega, a ideia é construir instalações de produção de hidrogênio de baixo carbono, que será exportado para a Alemanha por meio de dutos e gasodutos. Por fim, as empresas também devem desenvolver em conjunto fazendas eólicas offshore para a produção de hidrogênio como combustível e outros usos.
Segundo Markus Krebber, CEO da RWE, “para progredir na conversão de combustíveis fósseis para hidrogênio, é preciso desenvolver rapidamente a economia de hidrogênio. Grandes quantidades de hidrogênio azul podem ser o começo, com a subsequente conversão para o suprimento de hidrogênio verde. Isso é exatamente o que queremos fazer com esta parceria – abastecer as indústrias com grandes quantidades de hidrogênio. Além dos nossos planos relativos às plantas geradoras, nós vamos garantir o fornecimento em um setor energético descarbonizado”.