Geração

Cesp ainda não vê momento para expansão do seu parque de geração, diz presidente

Cesp ainda não vê momento para expansão do seu parque de geração, diz presidente

A gestão da Cesp continua concentrada na melhora do balanço energético da companhia e em resolver os passivos resultantes de conflitos na Justiça, disse Mario Bertoncini, presidente da geradora, em teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre. Aquisições e a expansão de seu parque gerador ainda não são prioridades para os seus acionistas.

“A Cesp, por obrigação, monitora o mercado, mas não tem estratégia imediata de expansão. Estamos preparando a empresa para uma segunda fase, mas não é prioridade nesse momento”, disse Bertoncini.

Um dos processos mais relevantes para a companhia, atualmente na 1ª instância, se refere às indenizações devidas pela União à companhia pela devolução da concessão da hidrelétrica de Três Irmãos. O último laudo pericial apontou que a indenização seria de R$ 4,7 bilhões. 

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“Havendo movimentação na primeira instância, vamos informar o mercado”, disse Bertoncini. Segundo ele, a pandemia do coronavírus (covid-19) pode atrasar o andamento do processo, mas “não há motivo para acreditar que não poderemos resolver em 2020”, disse.

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O ano de 2020 também deve ser marcado pela consolidação da comercializadora da Cesp, criada com o objetivo de otimizar seu balanço energético. Segundo o executivo, a companhia ainda tem déficit contratual entre 2021 e 2022, mas tem sobras a partir de 2023 que já podem ser contratadas. 

“Devemos no momento oportuno divulgar as aberturas das posições e continuaremos tendo sucesso na estratégia de zerar o balanço energético”, disse Bertoncini.

Resultado do 1º tri

A estratégia de redução de custos e gestão focada na otimização do seu balanço energético deu resultados à Cesp no primeiro trimestre deste ano. A companhia obteve lucro líquido de R$ 53,8 milhões, ante prejuízo de R$ 158,2 milhões obtido no mesmo intervalo do ano passado.

A receita operacional líquida cresceu 30% no período, para R$ 460,5 milhões, ao mesmo tempo em que os custos e despesas caíram 45%, para R$ 251,7 milhões. Assim, a companhia teve resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 309,2 milhões, ante o Ebitda negativo de R$ 24,6 milhões obtido um ano antes.

Os custos com energia comprada caíram 63% no período, devido à estratégia de sazonalização e comercialização de energia implementada desde a privatização da companhia. As despesas com pessoal e administradores caíram 46%, decorrente da redução de cerca de 50% no número de funcionários. Os gastos com serviços de terceiros materiais e aluguéis caíram 50%, devido à renegociação de contratos e a revisão de processos possibilitando a captura de eficiências em operações. 

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