O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu, em reunião ordinária, manter as diretrizes aprovadas em 24 de fevereiro para garantir o atendimento da região Sul do país, que passa por uma seca severa, incluindo a maximização do intercâmbio de energia e a possibilidade de despacho fora da ordem de mérito.
Apesar da crise no Sul, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou, durante a reunião dessa quarta-feira, 9 de março, que até agosto deste ano o atendimento às demandas de energia e potência no Brasil estão garantidas, sem necessidade de uso da reserva operativa.
“As condições de atendimento continuarão a ser permanentemente avaliadas, inclusive em reuniões técnicas do CMSE, uma vez que o atual cenário ainda é de recuperação gradativa dos reservatórios e de recuperação de importantes armazenamentos que viabilizam os usos múltiplos”, diz a nota do CMSE.
Para os próximos dias, a expectativa é de redução das chuvas, com maior concentração de precipitação no Sul do país. As medidas em vigor para viabilizar a recuperação dos reservatórios deste subsistema envolvem o acionamento de termelétricas foram da ordem de mérito com limite de até 8 mil MW médios, limitadas ao Custo Variável Unitário (CVU) de R$ 375,66/MWh. Além do Sul, também poderão ser despachadas as termelétricas do Sudeste/Centro-Oeste.
A reunião de hoje do CMSE também contou com uma apresentação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) relativa ao escoamento da geração da energia elétrica do Nordeste.
Os estudos foram motivados pelo crescimento expressivo da geração renovável previsto para o submercado nos próximos anos, que reforçam a necessidade de ampliação do sistema de transmissão para ampliar a segurança energética e o aumento da competitividade na oferta de geração de energia no país. O tema continuará sendo aprofundado para robustecer a tomada de decisão quanto aos cenários futuros.