Com uma expectativa de 807,18 MW de nova capacidade instalada em projetos de cogeração de energia até o final de 2022, a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) contabilizou que 25% já foram adicionados ao sistema nos primeiros quatro meses do ano. Neste período, foram adicionados 50 MW em usinas já existentes e 155 MW em novas usinas.
Segundo a associação, o segmento de cogeração totaliza 640 usinas, que somam 19,78 GW e correspondem a 10,8% matriz elétrica nacional. A principal fonte de produção de energia em cogeração é movida a bagaço de cana-de-açúcar, totalizando 11,991 GW instalados, e representando 60,6% do total.
“A cogeração, com todas as suas fontes, tem importância estratégica para o Brasil. Além de já propiciar contribuição relevante para matriz elétrica brasileira. É uma energia distribuída, com qualidade e previsibilidade, gerada junto aos pontos de consumo, dispensando a necessidade de investimentos em longas linhas de transmissão”, explica o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte.
De acordo com o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho, a cogeração a biomassas tem sido fundamental para a segurança energética do País.
“A cogeração ajuda a poupar 14 pontos percentuais do nível dos reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que representa o principal mercado consumidor do país. E um dos principais atributos da cogeração é justamente o fato de que o período de maior produção das usinas de açúcar e etanol ocorre na safra entre os meses de abril e novembro, exatamente no período seco”.
No ranking por unidades da federação de cogeração por biomassa, o estado de São Paulo lidera a lista com 7,5 GW instalados, seguido do Mato Grosso do Sul, com 1,9 MW, e de Minas Gerais, com 1,7 GW.
Entre os cinco setores industriais que mais usam a cogeração estão o Sucroenergético (12,026 GW), Papel e Celulose (3,059 GW), Petroquímico (2,305 GW), Madeireiro (822 MW) e Alimentos e Bebidas (631 MW).