A defasagem de preços da gasolina fornecida pela Petrobras para as distribuidoras em relação ao valor no mercado internacional aumentou de 9%, na última semana, para 16%, na última terça-feira, 27 de julho, de acordo com cálculos feitos pela Ativa Investimentos. Segundo Guilherme Souza, economista da corretora, o crescimento da diferença no período de uma semana ocorreu principalmente por causa de uma maior pressão no preço do barril de petróleo.
Segundo ele, por enquanto, a defasagem não vai modificar as projeções da corretora com relação à inflação. A Ativa Investimentos prevê 6,1% para o IPCA de 2021 e, para 2022, uma inflação de 3,5%.
Sobre a Selic, a corretora prevê uma taxa em 6,5%, para 2021 e 2022, mas com um viés altista depois do último IPCA-15. Com relação ao PIB de 2021, a Ativa projeta 4,5% em 2021 e 2,0% para 2022.
Com relação à defasagem dos preços dos combustíveis, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que a diferença no preço da gasolina esteja em 11%. No caso do diesel, a defasagem é de 4%. Os cálculos da entidade são relativos a terça-feira.
Com relação ao preço do petróleo, análise sobre o panorama da indústria petrolífera global em julho, feita pela MegaWhat Consultoria, indica que os cortes na produção mundial têm impulsionado os preços da commodity, que atingiu o mesmo patamar de antes da crise da pandemia de covid-19.