A EDP Renováveis conseguiu a liberação de R$ 149,6 milhões em recursos do da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para as usinas solares fotovoltaicas Monte Verde Solar VI e V, que somam 97 MW. Os projetos fazem parte do complexo Monte Verde, de 209 MWac, localizado no Rio Grande do Norte, nas cidades de Pedro Avelino, Lajes e Jandaíra.
O valor corresponde à primeira parcela de financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A previsão de investimento total é de R$ 457,27 milhões e o fundo administrado pela Sudene vai participar com R$ 205,52 milhões. O Banco do Brasil é o agente operador. O empreendimento, de titularidade da EDP Renováveis Brasil tem como propósito ser uma unidade geradora de energia fotovoltaica, contribuindo com a matriz energética brasileira na geração de energia renovável.
“O empreendimento contribuirá para o desenvolvimento econômico-social do município, em virtude das necessidades de serviços para operação e manutenção da unidade geradora, além dos impostos a serem arrecadados em função da operação”, disse a empresa ao Sudene.
No final de agosto, a EDP conseguiu R$ 152,3 milhões em recursos da Sudene para as UFVs Monte Verde Solar II e III.
O parque da EDP
Segundo informações do site da EDP, o empreendimento já está outorgado e com garantia de conexão ao sistema de transmissão e possui contrato de venda de energia (PPA, na sigla em inglês) de 15 anos com a EDP Comercializadora, que por sua vez já alocou esta energia em contratos com a mesma duração.
A geração solar está entre os eixos estratégicos para o crescimento da EDP no Brasil até 2025, quando a companhia pretende atingir a marca de 1 GWp em capacidade instalada nessa modalidade. Com o anúncio do projeto Monte Verde Solar, o portfólio da EDP neste segmento chega a cerca de 310 MWp.
Recursos FDNE
A Sudene se reuniu com o New Development Bank (NDB), conhecido como banco dos Brics, para tratar sobre a capitalização do FDNE. No encontro, foi discutido um aporte de US$ 300 milhões em recursos para dobrar o orçamento do fundo, que é um dos principais instrumentos de financiamento da autarquia para sua área de atuação.
A expectativa é de que até o fim do ano, o contrato possa ser firmado entre a instituição financeira e o governo federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com os recursos disponíveis a partir de 2025.
“O FDNE é uma importante fonte de financiamento para obras de infraestrutura nos 11 estados de abrangência da Sudene. O orçamento deste ano tem previstos R$ 1,1 bilhão e uma carteira projetos importantes para o Nordeste, como os de energia renovável, a Transnordestina e a Stellantis. Então, estamos buscando ampliar nossa capacidade de investimento e diversificar nossa carteira de projetos para podermos avançar em obras de empreendimentos estruturadores para a nossa região”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.
Além da Sudene, as superintendências do Desenvolvimento da Amazônica (Sudam) e do Centro-Oeste (Sudeco) também negociam com o NDB financiamento externo para fortalecer os Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Centro-Oeste (FDCO). No total o aporte do banco dos Brics nos três fundos de desenvolvimento deve somar US$ 500 milhões.