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Em segunda reunião, Creg fixa cotas mínimas de operação para Ilha Solteira e Três Irmãos

Em segunda reunião, Creg fixa cotas mínimas de operação para Ilha Solteira e Três Irmãos

A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg) fez na manhã dessa quinta-feira, 8 de julho, sua segunda reunião, na qual avaliou recomendações feitas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e fixou cotas mínimas de operação para os reservatórios das usinas de Ilha Solteira e Três Irmãos.

No período de 3 de julho até 27 de agosto, a cota mínima será reduzida gradualmente, saindo dos atuais 325,2 metros até chegar em 324,4 metros. A redução da cota, que é a altura do reservatório, tem o objetivo de liberar vazão no rio Paraná.

Nos próximos 15 dias, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deverá realizar estudos, em conjunto com o Ministério da Infraestrutura e com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre a operação hidráulica das bacias do Tietê e Paraná, e sobre a possibilidade de realizar ondas de vazão até o atingimento da cota de 324,8 metros nos reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos, na operação da Hidrovia Tietê-Paraná.

Na reunião do CMSE de ontem, 7 de julho, tinha sido determinado o compromisso de divulgação pelo ONS das perspectivas de faixas de operação para as suas usinas de modo a dar previsibilidade aos transportadores que usam a hidrovia, com no mínimo 15 dias de antecedência.

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A Creg determinou que o ONS avalie em conjunto com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) a estratégia de utilização dos reservatórios das hidrelétricas do Rio Grande, a fim de garantir a segurança do atendimento eletroenergético do país. Os resultados dos estudos devem ser encaminhados ao CMSE em até 15 dias, para que este possa fazer as recomendações à Creg, se isso for necessário.

A Câmara determinou ainda que a vazão mínima da hidrelétrica Porto Primavera seja estabilizada em valores próximos a 2.900 m³/s, considerando a vazão incremental entre as usinas Jupiá e Porto Primavera e avazão defluente próxima de 2.300 m³ em Jupiá, a fim de preservar o armazenamento das hidrelétricas que ficam a montante.

O ONS deverá aprofundar estudos, junto da ANA e do Ibama e dos concessionários das usinas, sobre a evolução das condições da operação dos reservatórios. Se forem necessários ajustes na operação, eles deverão ser encaminhados para avaliação do CMSE.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, as decisões da Creg foram tomadas após uma apresentação do ONS, que motivou as proposições avaliadas e a importância das medidas sob a ótica nacional. O objetivo é preservar o uso da água e garantir a segurança e continuidade do suprimento de energia elétrica no país.