O conselho de administração da Eneva vai se reunir amanhã para deliberar, entre outros assuntos, da resposta do conselho da AES Tietê sobre a proposta de combinação de negócios das companhias. “Ainda não temos uma decisão, temos sugestões e recomendações que serão debatidas amanhã”, disse Marcelo Habibe, diretor financeiro e de relações com investidores da Eneva.
No domingo à noite (19 de abril), o conselho da AES Tietê publicou um fato relevante informando que decidiram rejeitar o que classificaram como “oferta hostil” da Eneva. Hoje cedo, foi feita uma teleconferência sobre o assunto, mas o presidente da Tietê, Ítalo Freitas, não abriu para perguntas e apenas explicou os motivos que justificaram a decisão.
“Entendemos que essa é uma decisão para os acionistas, não conselho. O conselho tomou uma decisão que não lhe cabe”, disse Habibe à MegaWhat.
A Eneva tem três opções, segundo o executivo. Uma seria desistir da transação. A segunda seria rever a proposta e voltar à mesa de negociações. “Ou podemos buscar alguma alternativa para manter a proposta e instituir em abir canal com acionistas diretamente”, disse.
Como a AES Tietê é listada no Nível 2 de governança da B3, os acionistas preferencialistas também têm direito a voto em caso de propostas de aquisição ou combinação de negócios. Mesmo que o conselho não submeta a proposta aos acionistas, um minoritário que tenha 5% das ações pode convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE) e submeter a proposta aos demais acionistas.