O aumento das iniciativas ligadas as eólicas nos mercados ocidentais e na África podem resultar em crescimento anual de 10,1% na capacidade instalada da fonte nos próximos dez anos. Caso esta projeção se concretize, a eólica pode alcançar os 2,38 TW até o final de 2032, aponta novo relatório da Wood Mackenzie.
Intitulado “Global Wind Power Market Outlook Update: Q3 2023”, o documento sugere que este crescimento ocorrerá apesar da inflação em alta e os desafios na cadeia de abastecimento, que resultaram em cancelamentos e atrasos de projetos, no curto prazo.
“A América do Norte, América do Sul e a Europa tem encorajado a atividade, por meio das revisões das metas do plano nacional de energia e clima (PNEC), dos desenvolvimentos positivos em leilões e das projeções de repotenciação reforçadas”, destaca Luke Lewandowski, vice-presidente de Pesquisa Global em Energias Renováveis da Wood Mackenzie, no relatório.
Outro ponto destacado por Lewandowski é que a África tem avançado no setor eólico, via “megaprojetos”, o que impulsionará ainda mais o segmento.
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No documento, a Wood Mackenzie destaca ainda que a nova regulamentação “Single 30”, da China, pode proporcionar um impulso às perspectivas globais de longo prazo, por meio das metas anuais de 70 GW por ano em eólicas até 2032.
Para chegar aos 2,8 TW de capacidade instalada, o relatório calcula que o setor eólico precisará investir US$ 2,5 trilhões nos próximos dez anos. Do total, as eólicas offshore devem responder por US$ 850 bilhões.
“Este ano e o próximo serão mais desafiadores do que o previsto no início do ano, mas as tendências a longo prazo ainda são muito positivas para o crescimento da capacidade cumulativa em todas as regiões”, disse Lewandowski.
