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Equinor injeta US$ 1 bi na Ørsted após suspensão de eólica offshore nos EUA

Equinor. Foto: Divulgação
Equinor. Foto: Divulgação

A norueguesa Equinor anunciou a injeção de US$ 940 milhões na Ørsted, empresa na qual detém 10% de participação, por meio da subscrição de novas ações, e com uma taxa de câmbio de US$/DKK de 6,39. Recentemente, o projeto eólico offshore Revolution Wind (704 MW), da Ørsted foi paralisado a pedido do governo norte-americano em meio à promessa de suspensão de projetos renováveis pelo presidente Donald Trump.

O aporte é uma resposta a esses desafios enfrentados nos Estados Unidos, e de um novo momento de consolidação de novos modelos de negócios.

“A Equinor acompanha de perto os desenvolvimentos recentes da indústria eólica offshore nos EUA e manterá o diálogo com a Ørsted à medida que a situação evolui”, disse a Equinor em comunicado divulgado nesta segunda-feira, 1º de setembro.

O portfólio de energia eólica offshore da Equinor consiste em 400 MW de capacidade instalada líquida e mais 3 GW em desenvolvimento. Atualmente, a companhia diz estar focada na conclusão dos projetos no noroeste da Europa e no Empire Wind 1, nos EUA.

“Como acionista de longo prazo, a Equinor pretende participar da emissão e manter sua participação de 10% na Ørsted. Antes da próxima assembleia geral anual, a Equinor também indicará um candidato para o conselho de administração da Ørsted”, completa a companhia.

Ofício e suspensão Ørsted

A Revolution Wind é uma joint venture 50/50 da Ørsted com a Skyborn Renewables, do Global Infrastructure Partners (GIP, fundo de investimentos que no Brasil investe em energia por meio da Aliança Energia).

A companhia recebeu na última semana uma ordem do Departamento de Gestão de Energia Oceânica (BOEM, na sigla em inglês), do Departamento do Interior dos EUA, com instruções de interrupção das atividades no projeto.

Segundo a entidade, a ordem busca tratar de preocupações que surgiram durante a análise que o Departamento do Interior está conduzindo depois de envio de memorando pelo presidente Donald Trump em janeiro de 2025. 

“O BOEM busca tratar de preocupações relacionadas à proteção dos interesses de segurança nacional dos Estados Unidos e a prevenção de interferência com usos razoáveis da zona econômica exclusiva, do alto-mar e dos mares territoriais” , diz trecho do ofício.

As atividades no projeto não poderão ser retomadas até que o BOEM informe que concluiu a análise necessária.