A Prumo Logística, parceria entre o fundo EIG Global Energy Partners e a Mubadala Investment Company, iniciou o processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para construção do Complexo Eólico Marinho Ventos do Açu, que terá potência instalada de até 2,16 MW.
A Ficha de Caracterização da Atividade (FCA) foi protocolada no Ibama na última sexta-feira, 6 de agosto, sendo o primeiro passo do processo para obtenção da licença prévia do projeto. O próximo passo será a elaboração do estudo prévio de impacto ambiental, que devem ser concluídos entre 18 meses e 24 meses.
A empresa desenvolve o Porto do Açu na região Norte Fluminense já conta com calado e capacidade portuária operacional adequadas para o desenvolvimento do empreendimento, que será composto por quatro parques: Ventos do Açu 1 a Ventos do Açu 4, com 540 MW de potência em 36 aerogeradores em cada parque.
O complexo eólico ficará localizado entre uma distância mínima de 20 e máxima de 54 quilômetros, da costa dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra e profundidades que variam entre 14 e 67 metros. Segundo a Prumo, o porto já conta com calado e capacidade portuária operacional adequadas para o desenvolvimento do empreendimento.
Além da porção marinha compreendida pelos quatro parques offshore, foram considerados dentro da área de estudo a passagem dos cabos submarinos de exportação de energia e transição terra-mar, subestação onshore e as Linhas de Transmissão em terra até a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) em Campos dos Goytacazes (RJ).
“Ventos do Açu é a materialização de um dos nossos objetivos estratégicos: acelerar o desenvolvimento de negócios com foco na transição para uma economia de baixo carbono . O Porto do Açu está localizado próximo a uma das três melhores regiões do país em incidência de ventos offshore, com velocidade média de até 9 m/s. Além disso, possui infraestrutura portuária operacional única no país para apoiar a instalação e operação de projetos eólicos marinhos, além de áreas propícias para a instalação de bases de produção e manutenção de peças e equipamentos. As características que fazem do Açu a principal base logística para as atividades de O&G offshore são as mesmas que ajudarão a impulsionar o desenvolvimento de parques eólicos marinhos no Sudeste”, ressalta Mauro Andrade, diretor-executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo.