Geração

EPE: Não há necessidade de 'correr' para fazer leilão de geração esse ano, diz Thiago Barral

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está atualizando os cenários de previsão de carga e oferta de energia, a fim de avaliar a retomada dos leilões de geração de energia, suspensos por conta da pandemia do coronavírus (covid-19). Segundo o presidente da estatal, Thiago Barral, considerando a sobrecontratação das distribuidoras e a queda da carga, “não há necessidade de correr para fazer leilão neste ano”.

“No ambiente em que as distribuidoras estão sobrecontratadas e há sobra de energia no curto e médio prazo, ampliar os investimentos em geração pode agravar o problema e aumentar o custo para o consumidor final, porque alguém precisa pagar pelo investimento”, disse Barral, ao participar de videoconferência realizada pelo Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (Fmase) com o Canal Energia.

O momento atual, contudo, pode ser usado para a realização de leilões com prazo mais longo, voltados para empreendimentos a gás natural, visando a integração entre os mercados de gás e energia elétrica.

“Hoje temos a perspectiva de gás nacional, mas a viabilização da solução de escoamento leva tempo para desenvolvimento”, disse Barral. Para o presidente da EPE, um leilão do tipo A-7 poderia facilitar essa integração dos mercados enquanto a infraestrutura de escoamento é desenvolvida.

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Fontes renováveis como solar e eólica, por sua vez, têm tempos de implantação mais curtos, e não são adequados para os leilões A-7. “Pode haver risco de credibilidade no resultado, o pessoal pode entrar fazendo apostas de qual será de fato o custo e o preço a ser praticado em sete anos”, disse Barral.

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