Hídrica

CMSE reduz defluências em hidrelétricas para preservar até 11% do armazenamento

O Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) determinou a redução das defluências das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e a retenção nas usinas de cabeceira. As usinas devem reduzir as defluências mínimas para 3.300 metros cúbicos por segundo e 3.900 metros cúbicos por segundo, respectivamente. A decisão foi tomada após recomendação do Operador Nacional do Sistema (ONS) por conta dos níveis de chuva abaixo do esperado nos últimos meses.

Usina de Porto Primavera
Usina hidrelétrica Porto Primavera - Foto: Divulgação

O Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) determinou a redução das defluências das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e a retenção nas usinas de cabeceira. As usinas devem reduzir as defluências mínimas para 3.300 metros cúbicos por segundo e 3.900 metros cúbicos por segundo, respectivamente.

A decisão foi tomada após recomendação do Operador Nacional do Sistema (ONS) por conta dos níveis de chuva abaixo do esperado nos últimos meses.

Segundo nota do Ministério de Minas e Energia (MME), a medida tem o potencial de preservar cerca de 11% de armazenamento na Bacia do Paraná até agosto e cerca de 7% no Sudeste/Centro-Oeste.

Na última reunião do Programa Mensal da Operação (PMO), o ONS disse aos agentes que aguardava a decisão do CMSE sobre a recomendação a partir de março de 2024, mas que seria uma preocupação para poupar água, de forma a passar por 2024 com recurso ainda estocado nos reservatórios para atendimento em 2025.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

A preocupação ocorre pelas afluências desfavoráveis no início do ano, e um nível de recuperação dos reservatórios inferior ao que se esperava. Janeiro de 2024 tem a 11ª menor Energia Natural Afluente (ENA) do histórico do subsistema Nordeste (48% MLT), e a quarta menor do Sudeste (56% MLT) e Norte (43% MLT).

Segundo o ONS, “tal situação é resultante de um período úmido que não tem se mostrado favorável” nos subsistemas em questão. “Este comportamento verificado no período úmido pode indicar período seco desfavorável”, continuou o Operador.

Para o último dia de março, a expectativa é energia armazenada de 64%, 39,8%, 72,6% e 94,9% da EARmáx, considerando o cenário inferior, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente.

Ainda no último mês, o trecho entre as UHEs Três Marias e Sobradinho, na bacia do rio São Francisco, e a bacia do rio Jacuí apresentaram precipitação superior à média histórica. As bacias dos rios Tocantins e Madeira apresentaram precipitação próximo à média, sendo que nas demais bacias hidrográficas de interesse do SIN a precipitação foi inferior à média histórica.

Expansão da geração e transmissão

A expansão verificada em fevereiro foi de 1.091 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, de 120 km de linhas de transmissão e de 550 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 1.757 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 271,4 km de linhas de transmissão e 1.250 MVA de capacidade de transformação.