O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira assinou nesta quinta-feira, 16 de maio, um convênio de cooperação técnica e financeira, no valor de R$ 1,9 bilhão, para modernizar uma linha de transmissão de corrente contínua de Furnas. O sistema será usado para escoar a energia da hidrelétrica de Itaipu e, de acordo com Silveira, deve auxiliar na segurança energética e na redução da conta de energia dos consumidores brasileiros, além de fortalecer a relação com o Paraguai.
“Vamos transformar um sistema tecnologicamente já desatualizado em uma moderna infraestrutura de transmissão. […] Essa integração, essa capacidade de importar e exportar energia, traz progresso para a economia sul-americana. Isso trará confiabilidade ao setor e modicidade tarifária. Tudo isso vai gerar redução do custo ao consumidor. Gastos não operacionais de Itaipu estão sendo direcionados para o próprio setor elétrico, evitando custos adicionais aos consumidores brasileiros””, disse o ministro.
Segundo informações de Itaipu, o sistema de transmissão, que começou a operar em 1984, é formado por duas linhas de 600 kV, com extensão de aproximadamente 810 quilômetros, entre as subestações de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Ibiuna, em São Paulo. A conversão CA/CC é feita através de oito conversores em cada subestação, cada dois formando um polo, que compõem os dois bipolos em ±600 kV, sendo transmissão realizada através de quatro linhas, uma em cada polo. A revitalização do sistema está prevista para acabar até 2026, já a operação assistida deve ser realizada de 2027 a 2029.
Sobre o Paraguai, Silveira destacou que a revitalização da linha de transmissão pode ajudar a “reforça os laços” com o país vizinho, que teve diálogos recorrentes com Brasil nos últimos meses para solucionar questões envolvendo a revisão do Anexo C e a tarifa da usina.
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Situação RS
A pasta informou que Rio Grande do Sul vai receber mais 70 geradores para ajudar a suprir a demanda energética local, sendo que uma parte já foi entregue e o restante deve chegar ao estado até o final desta semana.
Os equipamentos foram disponibilizados por distribuidoras e empresas do setor para que as concessionárias e permissionárias locais consigam atender a população gaúcha.
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“Estamos atuando em todas as frentes e coordenando as atividades. Os trabalhos de religação são diários, com uma grande equipe focada e mobilizada, para atender a população do estado”, falou Silveira.
Dados divulgados ontem pelo MME afirmam que ocorreu o restabelecimento do serviço elétrico de 300 mil clientes. Entretando, por questões de segurança ou impedimento ao acesso, ainda há 249 mil unidades consumidoras desligadas.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a RGE tem 125,6 mil clientes com fornecimento interrompido, o que equivale a cerca de 4,1% dos clientes da distribuidora; a CCEE Equatorial tem 122 mil consumidores sem serviço, equivalente a cerca de 7% dos clientes da empresa; e a Certel tem 954 clientes sem energia, o que equivale a cerca de 1,4 % dos seus clientes.
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No momento, a rede básica não possui limitações de atendimento à carga a partir dos ativos de transmissão. O município Boqueirão do Leão segue como a única cidade com 100% de unidades consumidoras sem energia.
Combustíveis
Segundo informações da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), alguns consumidores ainda sofrem com a indisponibilidade do insumo, sendo que nenhuma indústria foi afetada.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), órgão do Rio Grande do Sul, atendeu ao pleito dos transportadores para flexibilizar extraordinariamente requisitos para emissão de novas licenças.
