A região Sul está exportando energia para a Argentina desde 10 de maio, buscando evitar o vertimento turbinável dos reservatórios. A expectativa era que a exportação continuasse até esse fim de semana (29 de maio), mas com a previsão de aumento das afluências nos próximos dias, o volume deverá continuar e elevar o saldo do Brasil com o país vizinho.
A expectativa foi apresentada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) a agentes durante a reunião do Programa Mensal da Operação (PMO) desta quinta-feira, 26 de maio.
No início do mês, o saldo com a Argentina era negativo, no entanto, com o fluxo oposto, a situação foi quitada. Hoje, a energia passível de devolução para o Brasil, chamada de saldo de energia de oportunidade, é de 371.255 MWh.
Neste montante não estão considerada as termelétricas despachadas centralizadamente e que não estão sendo necessárias para a operação do Sistema Interligado Nacional no momento, conforme previsto pela portaria nº 418/2019 do Ministério de Minas e Energia (MME), que prevê a exportação de energia elétrica interruptível e sem devolução para a Argentina e Uruguai.
Região Sul
A região vinha sendo operada sob política de preservação dos reservatórios das hidrelétricas e importadora do SIN e da Argentina. Agora a atenção do ONS permanece, mas sob a ótica de gerar mais para evitar vertimento.
Em maio, a geração hidrelétrica do Sul alcançou 8.495 MW médios, um crescimento de 36,92% na comparação com abril, e de 143,6% com o mês de março.
Com resultado do aumento das afluências no submercado, a Média de Longo Termo foi de 189%, a 12ª melhor do histórico.